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Alberto Fernández garante que buscará conciliação na Argentina

Novo presidente diz que irá buscar alternativas para melhorar as condições econômicas da Argentina e que precisa recuperar o país para pagar dívidas

Internacional|Da EFE

Na posse, Alberto Fernandez (de gravata azul clara) prometeu enfrentar a crise
Na posse, Alberto Fernandez (de gravata azul clara) prometeu enfrentar a crise Na posse, Alberto Fernandez (de gravata azul clara) prometeu enfrentar a crise

O novo presidente do Argentina, Alberto Fernández, garantiu nesta terça-feira (10) que chega ao poder para buscar a conciliação no país, em prol do bem-estar de toda a população, em especial, dos mais velhos, diante da crise econômica atravessada desde 2018.

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"Venho a convocar uma unidade em toda a Argentina, em busca da construção de um novo contrato social cidadão, que seja fraterno e solidário", afirmou o líder peronista, no primeiro pronunciamento como chefe de Estado, em solenidade realizada no Congresso local, onde jurou o cargo.

Emergência na economia

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Fernández, neste mandato, enfrentará um complicado cenário econômico, marcado pela forte dívida pública, uma moeda nacional fragilizada, a alta constante dos preços, além da escalada do desemprego e dos níveis de pobreza.

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"Chegou a hora de abraçar o diferente. É tempo de começar pelos últimos, para chegar a todos", garantiu o novo presidente, que admitiu existir um momento de emergência social no país.

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"Os venho a convocar, sem distinções, a colocar a Argentina de pé, para que comece a caminhar passo a passo com dignidade e com justiça social", completou Fernández.

O presidente empossado cobrou que os argentinos sejam conscientes das profundas feridas que afetam o país e impeçam que o sangramento continue.

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"Não contem comigo para seguir transitando o caminho do desencontro", afirmou o líder da chapa que tem Cristina Kirchner como vice.

Luta contra a fome

Fernández anunciou no primeiro discurso após receber o cargo de Mauricio Macri, que criará um Conselho Econômico e Social de Desenvolvimento, e revelou que realizará uma reunião do Plano da Argentina Contra a Fome.

O novo presidente ainda disse que rejeitará a proposta de orçamento para 2020, enviado ao Congresso pelo governo anterior, por considerar que os números não refletem a realidade da economia, nem as realidades sociais, nem os compromissos da dívida.

"Não há pagamentos da dívida que possam ser sustentados se o país não crescer. Tão simples quanto isso. Para poder pagar, é preciso crescer primeiro", afirmou.

Fernández prometeu buscar uma "relação construtiva e cooperativa" com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que, em 2018, aprovou para a Argentina um empréstimo de US$ 56,3 bilhões (cerca de R$ 233 bilhões).

"Resolver o problema da dívida insustentável não é uma questão de ganhar uma disputa sobre alguém. O país tem vontade de pagar, mas não tem capacidade para fazê-lo", disse o novo mandatário.

Dívida bilionária

Para Fernández, o governo de Macri contraiu uma grande dívida, sem gerar mais produção para obter os dólares para pagá-la, e os credores correram o risco de investir em um modelo que fracassou em todo o mundo.

Segundo os dados divulgados pela gestão que terminou hoje, a Argentina acumula uma dívida pública total de US$ 314,5 bilhões (cerca de R$ 1,3 trilhão), contra os US$ 240 bilhões (cerca de R$ 994 bilhões) do fim de 2015. Do montante atual, US$ 44 bilhões (cerca de R$ 182 bilhões) correspondem ao empréstimo feito com o FMI.

"A nação está endividada", concluiu Fernández, que classificou o país como refém dos mercados financeiros internacionais.

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