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Além de interesse na Venezuela, Trump busca ‘concentrar poder na sua vizinhança’, diz professor

Ambos presidentes anunciaram estarem abertos para conversas em meio ao aumento das tensões na América Latina

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Trump está aberto a conversar com Maduro em meio a tensões na América Latina.
  • Presença militar dos EUA no Caribe ocorre após acusações de tráfico de drogas contra a Venezuela.
  • Interesses de Trump incluem desestabilizar o governo venezuelano e o petróleo do país.
  • EUA buscam aumentar influência na América Latina, visando reduzir a presença chinesa na região.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

O presidente americano Donald Trump afirmou, no último domingo (16), que está aberto para conversar com o líder venezuelano, Nicolás Maduro. As declarações vêm após Washington enviar o maior porta-aviões para o Caribe e acusar Caracas de tráfico internacional de drogas, com o abatimento de barcos na região.

Maduro afirmou estar disposto a conversar “cara a cara” com o presidente estadunidense, mas voltou a criticar Washington por aumentar a presença militar na América Latina e pelos ataques a embarcações para tentar derrubá-lo. Apesar de uma possível conversa, Trump declarou que não descarta o envio de tropas para o país sul-americano, além do lançamento de uma ofensiva contra o México para acabar com o tráfico.


Clima na região ficou mais tenso com a chegada de porta-aviões no mar do Caribe próximo à Venezuela Getty Images via CNN Newsource - 13.11.2025

Para Vitelio Brustolin, professor de relações internacionais da UFF (Universidade Federal Fluminense), os motivos das ações de Trump ainda são nebulosas, mas, pelo poderio militar enviado à região, há sinais de intenções de desestabilização do governo venezuelano, não se tratando de operações contra a atuação narcoterrorista na região. O professor também destaca o interesse do presidente americano no petróleo do país.

Como são ataques pontuais a estruturas alegadamente dos traficantes, como pequenas instalações, aeroportos clandestinos, portos e docas clandestinas, segundo Vitelio, os americanos poderiam esperar uma resposta de Maduro para iniciar um conflito direto. Ele explica que essa seria uma possibilidade já que, para uma declaração de guerra atualmente, Trump precisaria de uma autorização do Congresso.


“O interesse do Trump, neste momento, é que a oposição que resta dentro da Venezuela se insurja contra o Maduro, inclusive a oposição que resta dentro das Forças Armadas e que não foi morta ou torturada, ou que fugiu da Venezuela, já que a Venezuela é um país com 28 milhões de pessoas, que tem 8 milhões de refugiados”, destaca o professor em entrevista ao Conexão Record News desta terça-feira (18).

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Outro ponto lembrado por ele é o interesse de Washington em aumentar a influência na América Latina e diminuir a presença chinesa na região, com pressões a países como Panamá, Colômbia e o Brasil. “A estratégia dos Estados Unidos mudou para concentrar poder na sua vizinhança, na América Latina. E o Brasil é uma peça-chave nessa estratégia.”

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