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Alemanha e França expulsam 75 diplomatas russos

Países seguem medidas idênticas às de outras nações da Europa que pediram a saída de representantes da Rússia de seu território

Internacional|Do R7

Embaixada russa na capital da Alemanha, em Berlim
Embaixada russa na capital da Alemanha, em Berlim

A Alemanha e a França expulsaram nesta segunda-feira (4), pelo menos, 75 diplomatas russos de seus países, de acordo com informações da AFP. Paris solicitou a saída de 35 representantes da Rússia, enquanto Berlim pediu a retirada de outros 40.

A ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, destacou que os funcionários da Embaixada da Rússia são uma "ameaça para quem busca proteção entre nós". O país recebeu mais de 300 mil refugiados ucranianos que fugiram dos combates em seu país desde 24 de fevereiro.

"Não os toleraremos mais", acrescentou a ministra em nota.

As autoridades alemãs suspeitam que os diplomatas russos trabalham para os serviços de inteligência de seu país e agora têm cinco dias para ir embora da Alemanha, segundo informações obtidas pela AFP.


A França anunciou, por sua vez, que a expulsão é uma "ação que faz parte de uma abordagem europeia" e visa "garantir a segurança dos franceses e dos europeus", disse a chancelaria em comunicado.

Essas decisões foram tomadas após anúncios semelhantes nos últimos dias de vários países europeus. A Lituânia expulsou o embaixador russo pelo "massacre horrível em Bucha".


A mobilização russa nessa região deixou 410 mortos, segundo a Procuradoria-Geral da Ucrânia. Moscou nega ter matado civis em Bucha e considera as imagens uma montagem promovida por Kiev.

O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, anunciou que está analisando novas sanções contra a Rússia por esses fatos, os quais o presidente da Ucrânia, Volodmir Zelenski, classificou de "genocídio".


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A invasão russa da Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, representa o pior conflito em décadas na Europa e deixa 20 mil mortos, segundo dados ucranianos.

A guerra na Ucrânia também ofuscou a eleição presidencial na França, em 10 e 24 de abril, e impulsionou o empenho internacional do presidente e candidato à reeleição Emmanuel Macron, que tenta agir como mediador entre Kiev e Moscou.

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