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Alemanha: governo e Instituto Koch alertam sobre situação extrema

País enfrenta picos consecutivos de novas infecções por Covid-19 e risco de saturação dos hospitais

Internacional|Do R7

Pessoas esperam em fila para serem vacinadas contra a Covid-19, em Frankfurt
Pessoas esperam em fila para serem vacinadas contra a Covid-19, em Frankfurt

O governo alemão em exercício e o Instituto Robert Koch (RKI) de virologia alertaram nesta sexta-feira (19) para a situação extrema em que se encontra a Alemanha, com picos consecutivos de novas infecções por Covid-19 e com risco de saturação dos hospitais.

"A situação é séria, mais séria do que há uma semana", disse o ministro da Saúde em exercício, Jens Spahn, enquanto o presidente do RKI, Lothar Wieler, disse que "toda a Alemanha é um único grande surto".

Em uma coletiva de imprensa conjunta, Spahn destacou que apenas nas últimas quatro semanas a incidência aumentou cinco vezes e picos sucessivos foram registrados, com, consequentemente, um número "lamentavelmente alto" de hospitalizações e mortes.

“A realidade é que apenas com vacinas e doses de reforço não conseguiremos quebrar a quarta onda em curto prazo, por isso são necessárias medidas para reduzir os contatos”, afirmou.


A Alemanha vive o pior momento da pandemia por conta da variante Delta e do insuficiente índice de vacinação, com 67,9% da população com calendário completo, o que "é difícil, dói e é frustrante", pois todos esperavam justamente outro inverno graças às vacinas, disse Spahn.

Por sua vez, Wieler destacou que o número de casos ativos ultrapassa meio milhão e a incidência acumulada em sete dias é de 300 novas infecções por 100.000 habitantes – 340,7, segundo dados atualizados.


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Ele avisou que a situação vai piorar. Por isso apelou à ação, ao aproveitamento do tempo e, sobretudo, à implementação consistente das regras acordadas. “Uma regra que não é seguida não faz sentido, e depois se sugere que não é eficaz”, criticou.

Ele se referiu, em particular, aos limites máximos da taxa de hospitalização acordados ontem entre o governo central e os estados federais, a partir dos quais serão introduzidas restrições graduais e regionais.


Assim, onde a taxa de internação ultrapassar 3 por 100.000 habitantes em sete dias, apenas as pessoas vacinadas ou curadas terão acesso a bares, restaurantes e outros espaços públicos fechados.

Se o índice chegar a 6, os imunizados também deverão apresentar teste negativo, e, se o limite de 9 for ultrapassado, poderá até haver uma decisão de encerramento da vida pública.

No entanto, essa regra, na situação atual, não é mais suficiente, disse Wieler, que mais uma vez defendeu o cancelamento de grandes eventos, o fechamento de locais de grande contágio, como clubes e bares, e a redução de contatos privados.

Spahn, por sua vez, recomendou não descartar nenhuma opção quando questionado sobre uma nova ruptura na vida pública, embora tenha destacado que o esforço deve se concentrar em não atingir essa situação.

Precisamente, uma questão que mostra a difícil situação é a necessidade de transferir pacientes dentro da mesma região de saúde das cinco em que a Alemanha está dividida, alertou Spahn, que não descartou que os pacientes tenham de ser encaminhados para outras regiões e até mesmo para países vizinhos.

O problema, acrescentou, é que o pico ainda não foi atingido, e, mesmo que ninguém mais seja infectado hoje, o número de pacientes nas unidades de cuidados intensivos continuará a crescer.

Spahn e Wieler insistiram em acelerar a vacinação no país, onde apenas 70,4% receberam pelo menos a primeira dose e 5,2 milhões de doses de reforço já foram administradas. "Ser vacinado não é um assunto privado, é uma questão de solidariedade", disse Spahn.

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