Alemanha investiga mais de 30 mil suspeitos em rede de abuso infantil
Rede de pedofilia foi descoberta no ano passado e os investigadores buscam principalmente pessoas que cometem abusos contra os próprios filhos
Internacional|Da EFE
As autoridades da Alemanha informaram nesta segunda-feira (29) que há novas evidências direcionadas a mais de 30 mil possíveis suspeitos em uma rede de abuso sexual descoberta em outubro passado na cidade de Bergisch Gladbach.
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O Escritório Central de Cibercrime (ZAC, sigla em alemão) da Renânia do Norte-Vestfália está atualmente investigando com base nas descobertas da equipe de investigação do caso Bergisch Gladbach "mais do que, e espero, 30 mil suspeitos desconhecidos", disse o ministro da Justiça do estado federado, Peter Biesenbach.
Durante entrevista coletiva, o ministro afirmou ter ficado chocado, além de admitir que "não imaginava nem um pouco perto da dimensão do abuso infantil".
Os crimes investigados vão desde a disseminação e posse de pornografia infantil a atos específicos de abuso infantil, disse ele.
Em busca dos anônimos
Agora, os especialistas do ZAC estão tentando estabelecer a identidade por trás dos pseudônimos que participam anonimamente de bate-papos e fóruns para trocar conselhos sobre como abusar de menores.
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Segundo o promotor do ZAC, Markus Hartmann, a prioridade é abordar os sinais de abuso infantil, a fim de impedir possíveis crimes que ainda estão ocorrendo e, em seguida, os casos de disseminação de pornografia infantil, para os quais foi criada um grupo de trabalho de especialistas em crimes cibernéticos, informou a emissora pública "WDR".
O julgamento contra o principal acusado dessa rede de abusos está programado para começar em 10 de agosto, no qual os suspeitos abusaram parcialmente de seus próprios filhos e trocaram imagens dos acontecimentos.
O homem de 43 anos de idade, acusado de "abuso sexual grave de menores", foi preso durante o último outono europeu e a polícia apreendeu um extenso material incriminador que levou à abertura de uma investigação contra quase 30 suspeitos em toda a Alemanha.
A Procuradoria-Geral da República pressupõe que o acusado tenha cometido graves abusos contra sua própria filha cerca de 70 vezes, iniciado quando a menor tinha apenas 3 meses de idade.
Um dos acusados foi recentemente condenado a dez anos de prisão e colocado de forma permanente em uma clínica psiquiátrica. Além disso, há um julgamento aberto contra outros dois.