Americanos culpam Trump por deteriorar relação racial nos EUA
Várias vozes no país acusaram Trump de fomentar o ódio contra as minorias devido às suas constantes mensagens contra os imigrantes
Internacional|Da EFE
Mais da metade dos americanos culpa o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pela deterioração nas relações raciais no país, de acordo com uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (9) pelo Centro de Estudos Pew Research.
Para a pergunta "Acredita que o presidente Trump fez com que as relações raciais sejam piores?", 56% dos entrevistados respondeu de maneira afirmativa.
Esta resposta foi especialmente elevada (73%) entre os cidadãos afro-americanos, enquanto no caso dos americanos brancos, 49% disseram "sim".
Em geral, 58% dos entrevistados opinaram que a relação entre as diferentes raças no país é pior agora do que há alguns anos. Esta contastação foi muito mais comum entre os negros (71%) do que entre os brancos (56%).
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Várias vozes no país acusaram Trump de fomentar o ódio contra as minorias devido às suas constantes mensagens contra os imigrantes e sua falta de medidas firmes contra o terrorismo doméstico, geralmente executado por pessoas de ideologia de extrema-direita.
Em agosto de 2017, após horas de exibição de símbolos fascistas durante uma concentração de grupos supremacistas, um manifestante neonazista avançou com seu veículo contra uma manifestação contra o racismo e matou uma mulher de 32 anos de idade - Heather Heyer - e feriu outras 19 pessoas.
A reação do presidente foi responsabilizar ambas as partes pelos fatos ao afirmar que "houve um grupo de um lado que foi mau e houve um grupo do outro lado que também foi muito violento".
Neste sentido, 65% dos entrevistados considerou que atualmente é "mais comum" que as pessoas expressem pontos de vista "pouco sensíveis" com outras raças, frente a 5% que acreditam que é menos habitual e 29% que veem que a situação não mudou significativamente.
Para 63% dos cidadãos que participaram da pesquisa, a relação entre brancos e negros ainda é "afetada" pelos tempos da escravidão e 45% disseram que "ainda não" foi feito o suficiente para dar a todos os cidadãos os mesmos direitos.
A pesquisa, que foi elaborada entre 22 de janeiro e 5 de fevereiro e contou com a participação de 6.637 pessoas, tem uma margem de erro de 1,7%.