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Amiga de Elizabeth pede desculpas após caso de racismo na monarquia

Susan Hussey questionou as origens da ativista Ngozi Fulani durante uma visita ao Palácio de Buckingham

Internacional|Do R7

Susan Hussey (à esq.) e Ngozi Fulani (à dir.) em reencontro em Buckingham
Susan Hussey (à esq.) e Ngozi Fulani (à dir.) em reencontro em Buckingham

Susan Hussey, amiga próxima da falecida rainha Elizabeth 2ª pediu desculpas, nesta sexta-feira (16), a Ngozi Fulani, ativista negra que teve origem repetidamente questionada durante uma recepção no Palácio de Buckingham em novembro.

As duas mulheres mantiveram um encontro pela manhã em Buckingham, informaram em um comunicado conjunto o Palácio e Fulani, presidente da associação britânica Sistah Space, que ajuda mulheres negras vítimas de violência de gênero.

"Durante esta reunião, cheia de calor e compreensão, Lady Susan se desculpou sinceramente pelos comentários que fez e pela angústia causada à Sra. Fulani", informou a Casa Real.

Hussey, de 83 anos, foi dama de companhia de Elizabeth 2ª por mais de 60 anos, uma das companheiras de maior confiança e madrinha do príncipe William, herdeiro ao trono.


Fulani denunciou, no final de novembro, os comentários ofensivos que esta integrante da comitiva da família real britânica lhe fez durante uma recepção.

Em um tuíte, Fulani contou que, ao chegar, uma pessoa a quem ela se referiu como "Lady SH" "tocou em seu cabelo" para conseguir ver a identificação no cartão e perguntou sobre as origens da ativista.


Quando lhe respondeu que era britânica, Hussey insistiu: "Não, mas de onde você é realmente?"

Após responder que nasceu e foi criada no Reino Unido, a mulher reiterou: "Não, mas de onde você é da África, de onde vem seu povo, quando eles vieram pela primeira vez?", insistiu.


Os comentários mergulharam o palácio em uma nova polêmica, que imediatamente os censurou como "inaceitáveis" e anunciou a renúncia de Hussey.

"Lady Susan está comprometida em aumentar sua conscientização sobre as sensibilidades afetadas e agradece a oportunidade de aprender mais sobre o assunto", diz a nota emitida nesta sexta-feira, sem mencionar em nenhum momento a palavra racismo.

"Fulani, que recebeu injustamente uma terrível enxurrada de insultos nas redes sociais e em outros lugares, aceitou o pedido de desculpas e entende que não houve intenção de malícia", acrescentou.

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Após a polêmica, a Sistah Space teve que encerrar as atividades por questões de segurança.

A questão do racismo é especialmente sensível para a família real britânica desde que o príncipe Harry, irmão mais novo de William, e a esposa, Meghan Markle, acusaram um membro da monarquia de ter se preocupado com a cor da pele dos filhos do casal.

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