Amigos de Dzhokhar Tsarnaev declaram que não obstruíram a Justiça

Washington, 13 set (EFE).- Amigos do suposto coautor dos atentados de Boston, Dzhokhar Tsarnaev, se declararam, nesta sexta-feira, inocentes da acusação de obstruir as investigações no início do processo de instrução em um tribunal federal. O americano Robel Philipos e os cazaques Dias Kadyrbayev e Azamat Tazhayakov, todos de 19 anos e companheiros de universidade de Tsarnaev, compareceram perante o juiz em Boston para responder por terem mentido aos investigadores dos atentados e ocultado provas. Philipos é acusado de ter mentido para os investigadores, enquanto Kadyrbayev e Tazhayakov seriam responsáveis pela destruição de provas. No entanto, eles se declararam inocentes, segundo o canal local "WCVB". Os estudantes cazaques podem ser punidos com até 25 anos de prisão por terem ido ao quarto de Tsarnaev na Universidade de Massachusetts-Dartmouth para pegar uma mochila cheia de fogos de artifício e seu computador pessoal, quatro dias após ver a imagem do amigo na televisão, como possível responsável pelo massacre. Depois, os dois jogaram os pertences de Tsarnaev em um lixão perto de New Bedford, onde viviam, para que desaparecessem. Philipos, que poderia ser sentenciado a no máximo 16 anos, supostamente mentiu para os investigadores do caso dos atentados de Boston, fato que ele atribuiu ao nervosismo e à confusão do momento. Dzhokhar Tsarnaev é acusado de ser o suposto coautor do atentado realizado na linha de chegada da maratona de Boston, junto com seu irmão Tamerlan, que foi morto durante a fuga da polícia. Dzhokhar, também de 19 anos e nascido na região russa do Daguestão, se declarou inocente das 30 acusações que recebeu, a maioria das quais poderia resultar em pena de morte. No atentado de Boston, no dia 15 de abril, três pessoas morreram e mais de 260 ficaram feridas. EFE jmr/apc/ma