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Análise: decisão sobre fornecimento de armas encurrala Trump entre Zelensky e Putin

Especialista destaca como posicionamento do republicano mudou com percepção sobre estratégia do líder russo, que estaria “ganhando tempo” no conflito

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Donald Trump enfrenta dilemas sobre o fornecimento de armas para a Ucrânia.
  • Ele se encontra dividido entre agradar a Ucrânia ou preservar relações com a Rússia.
  • Trump planeja reunião com Vladimir Putin para discutir o fim da guerra
  • Especialistas alertam que a estratégia russa pode ser ganhar tempo na guerra.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Antes da reunião com o líder ucraniano Volodymyr Zelensky, que ocorre nesta sexta-feira (17) na Casa Branca, o presidente dos Estados Unidos surpreendeu ao anunciar que se encontrará com Vladimir Putin em Budapeste, na Hungria.

O americano quer discutir os termos para o fim da guerra no Leste Europeu após conversa “produtiva” com o russo na quinta (16). Em entrevista, Donald Trump disse que a reunião deve ocorrer em duas semanas.


Segundo análise de Adriano Gianturco, coordenador do curso de relações internacionais do Ibmec de Belo Horizonte, Trump encontra-se encurralado: “Ele ainda não decidiu se a estratégia melhor é ceder para a Ucrânia e dar as armas como eles pedem, coisa que obviamente acabaria irritando os russos, ou ao contrário, não dar essas armas de forma a irritar a Ucrânia”, explica em entrevista ao Conexão Record News.

Presidente americano deve se encontrar com o líder russo em Budapeste, na Hungria, em duas semanas Reprodução/Record News - 17.10.2025

“Trump falou na campanha eleitoral que ia acabar com essa guerra em poucos dias. Isso não aconteceu, ele mesmo já admitiu que a coisa está se revelando mais complicada do que parece. O problema é que, ao ganhar tempo, Putin em parte está ganhando. [...] Numa guerra de esgotamento, obviamente os recursos da Ucrânia terminariam antes”, pontua o especialista.


Se anteriormente o republicano chegou a responsabilizar a Ucrânia pelo andamento do conflito, Gianturco destaca que perceber a estratégia do líder russo mudou o posicionamento de Trump, que gostaria de alcançar um cessar-fogo rápido para focar em seu problema principal, a guerra comercial com a China, e poder somar mais um tratado de paz no lançamento de uma nova candidatura ao prêmio Nobel da Paz.

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“Trump é um grande negociador [...], só que ele não é o único bom negociador. Putin e os russos de forma geral, os grandes líderes russos da história, sempre foram ótimos negociadores também. E repito, a negociação de Putin não visa só um objetivo específico, por exemplo, manter os territórios conquistados, mas até só ganhar tempo. Nesse sentido, normalmente está ganhando Putin”, conclui.


Os dois líderes se encontraram pela última vez em agosto, no Alasca, quando não conseguiram acertar o acordo de paz. O Kremlin afirmou que os presidentes podem chegar a se reunir, mas que há muito a ser resolvido antes da definição de uma data.

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