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Âncora Tucker Carlson, estrela da Fox News, deixa emissora

A personalidade mais conhecida entre os apresentadores da emissora conduzia um programa noturno durante o horário nobre

Internacional|

O ex-apresentador e comentarista da FoxNews Tucker Carlson
O ex-apresentador e comentarista da FoxNews Tucker Carlson O ex-apresentador e comentarista da FoxNews Tucker Carlson

O âncora-estrela da Fox News, Tucker Carlson, vai deixar a influente rede de televisão, anunciou o canal conservador nesta segunda-feira (24), dias depois de ter chegado a um acordo judicial de 787,5 milhões de dólares (cerca de R$ 3,9 bilhões) em um caso de difamação.

"A Fox News Media e Tucker Carlson concordaram em seguir caminhos separados. Agradecemos pelo serviço que ele prestou à rede como apresentador e antes, como colaborador", disse a Fox News em um comunicado.

Carlson era a personalidade mais conhecida entre os apresentadores da Fox e comandava um popular programa noturno durante o horário nobre, que atraía um público muito leal entre os telespectadores de direita.

Figura-chave na política republicana, entrevistou diversas vezes o ex-presidente Donald Trump (2017-2021) e foi amplamente criticado por seu estilo agressivo, pela suposta falta de rigor jornalístico e, segundo seus maiores críticos, por exibir uma retórica racista e cheia de ódio.

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Carlson, de 53 anos, ainda não reagiu à declaração da Fox.

A rede, que faz parte do império midiático do magnata Rupert Murdoch, afirmou que seu programa (Tucker Carlson Tonight) da sexta-feira (21) foi o último e será substituído a partir desta segunda.

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Há uma semana, em 18 de abril, a Fox News assinou um acordo de 787,5 milhões de dólares com a empresa de máquinas de apuração de votos Dominion Voting Systems, que havia processado a emissora por difamação.

A Dominion havia apresentado a ação com a alegação de que, no programa de Carlson, foram feitas afirmações falsas de que suas máquinas haviam sido usadas para roubar a eleição presidencial de 2020 de Trump contra o democrata Joe Biden.

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O acordo garantiu que nem Murdoch nem apresentadores como Carlson precisariam testemunhar em um julgamento explosivo.

No entanto, várias comunicações internas da Fox News publicadas pela imprensa americana antes do julgamento sugeriram que altos executivos do canal estavam dispostos a espalhar mentiras sobre as eleições por medo de perder espectadores para seus concorrentes.

Nas comunicações vazadas, Carlson dizia que mal podia esperar para "ignorar Trump na maioria das noites" e acrescentava: "Eu o odeio fervorosamente".

A Fox News acusou a Dominion de "selecionar e usar citações fora de contexto".

Naquela mesma tarde de 18 de abril, Carlson dedicou seu monólogo habitual aos democratas, que supostamente incitariam os jovens à violência, antes de entrevistar o dono da Tesla e do Twitter, Elon Musk.

Inclusive, o jornalista parecia relaxado e confiante durante seu último programa, na sexta-feira. Sua repentina partida chocou Washington e Wall Street, e as ações da Fox News caíram quase quatro pontos percentuais.

Lançada em 1996 para competir com a rede de notícias CNN, a Fox News permanece solidamente em primeiro lugar de audiência entre os canais fechados.

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