Apelo público: família Menendez pede nova sentença com base em evidências inéditas
Acusados de assassinarem os pais, os irmãos Erik e Lyle foram condenados à prisão perpétua em 1996
Internacional|Do R7
Familiares e advogados dos irmãos Lyle e Erik Menendez se reuniram em frente ao tribunal de Los Angeles, nos EUA, nesta quarta-feira (16), pedindo uma nova sentença após mais de 30 anos de prisão.
Os irmãos foram condenados à prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional em 1996, acusados de assassinarem seus pais, José e Kitty Menendez, em 1989.
Recentemente, a defesa apresentou novas evidências, incluindo uma carta escrita por Erik meses antes dos assassinatos, na qual ele falava dos abusos sofridos pelo pai. Essa carta nunca foi apresentada no julgamento original e, de acordo com os advogados, poderia ter influenciado o júri.
Os promotores da época afirmaram que não havia provas de abuso e alegaram que os assassinatos foram motivados pelo interesse dos irmãos no patrimônio milionário dos pais.
O caso voltou ao debate público após o lançamento da série Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais, e o anúncio recente de que o Gabinete do Promotor Público de Los Angeles está reavaliando as condenações.
De acordo com o jornal de New York Post, durante a manifestação, mais de 20 familiares dos Menendez estiveram presentes no Centro de Justiça Criminal Clara Shortridge Foltz, afirmando que o julgamento não levou em conta o sofrimento deles. Anna Maria Baralt, sobrinha de José Menendez, argumentou: “Se fossem as irmãs Menendez, elas não estariam sob custódia". Ela defendeu que os irmãos, que têm se reabilitado na prisão, merecem uma segunda chance.
O renomado advogado Mark Geragos, conhecido por defender figuras públicas como Michael Jackson e Colin Kaepernick, também esteve presente, elogiando os esforços de Lyle e Erik para se reabilitar. Lyle, inclusive, obteve um diploma de bacharel enquanto cumpria sua pena.
Joan Vandermolen, irmã de Kitty Menendez, afirmou não ter percebido a gravidade do abuso que os sobrinhos sofreram nas mãos do pai. Ela destacou que a sociedade, na época, não estava preparada para reconhecer que homens poderiam ser vítimas de violência sexual.
A coletiva de imprensa reuniu cerca de 100 apoiadores, alguns exibindo cartazes em defesa da liberdade dos irmãos. Após o evento, os familiares foram até o gabinete do promotor George Gascón para discutir o caso sob a Lei de Marsy, que protege os direitos das vítimas de crimes na Califórnia.