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‘Apesar das reuniões entre Rússia e EUA, não há nenhum avanço prático’; diz especialista sobre acordos de paz na Ucrânia

Entrevistado também revela quais seriam os três pilares necessários para uma paz duradoura

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia deseja uma paz verdadeira e não um apaziguamento com a Rússia.
  • Pesquisador Lier Ferreira afirma que não há avanços práticos nas negociações entre EUA e Rússia.
  • Ucrânia já perdeu 25% de seu território e depende da colaboração da OTAN e dos EUA.
  • Três pilares para um acordo de paz duradouro incluem concessão de território, compromisso da Ucrânia com a OTAN e prevenção de novos conflitos na região.

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Cansado de “acordos de paz injustos no passado que levaram a novas catástrofes”, o ministro das Relações Exteriores da Ucrânia afirmou durante uma reunião na Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), composta por 57 países, que Kiev quer uma paz verdadeira e não um apaziguamento com a Rússia. Ele também agradeceu aos esforços dos Estados Unidos por promoverem as tentativas de paz e prometeu que a Ucrânia vai aproveitar todas as oportunidades para tentar pôr fim à guerra.

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Os avanços dos EUA nas negociações têm tido sucesso e o Kremlin afirmou hoje que a Rússia está progredindo junto com o país no desenvolvimento de um acordo de paz. Um dos assessores do governo disse que o Kremlin ainda aguarda a reação norte-americana sobre as conversas dessa semana, mas que a Rússia está pronta para continuar trabalhando. O presidente Donald Trump classificou a reunião como razoavelmente boa, mas disse que o caminho a seguir ainda é incerto.


Acordo precisaria e visão pragmática e postura mais rígida de nações europeias vizinhas Reprodução/RECORD NEWS

O pesquisador do núcleo de estudos dos países BRICS da Universidade Federal Fluminense Lier Ferreira, em entrevista ao Conexão Record News desta sexta (05) analisou que apesar das reuniões entre Rússia e EUA, não há nenhum avanço prático. “Os avanços que nós gostaríamos de ver, uma estabilização definitiva no leste europeu, uma solução deste conflito entre russos e ucranianos, que tanto prejudicam em particular a população civil da Ucrânia, ainda estão razoavelmente distantes. [...] isso se deve em particular por uma mediação do presidente Donald Trump.

Ferreira acredita que não somente é necessário um ajuste entre EUA e Rússia, mas também um compromisso da Europa em assumir uma postura mais proativa e pragmática em relação ao estado crítico da Ucrânia. Ele lembra que a Ucrânia tem uma posição estratégica no território europeu, já que ela exerce o papel de fronteira entre a Europa Ocidental e a Eurásia, região dominada historicamente pela Rússia e seus aliados.


Os ucranianos já perderam aproximadamente 20% do território para os seus adversários e as Forças Armadas do país dependem da colaboração da Otan, o que tem sido um grande custo para os Estados Unidos e para os aliados europeus. Ferreira afirma que uma perspectiva pragmática que não agrade a todos é a única saída para uma paz duradoura. Ele aponta a concessão à Rússia das áreas conquistadas no sudoeste ucraniano, incluindo a Crimeia, o compromisso da Ucrânia em não ingressar na Otan e o esforço efetivo de europeus e norte-americanos de impedir novos conflitos na região, como os pilares de um possível acordo de paz.

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