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Após acusação, Canadá investiga polícia em abordagem a senegalesa

Diplomata afirma que teve casa invadida, foi algemada e agredida "de maneira selvagem" por agentes de Gatineau, no Quebec

Internacional|Do R7 com AFP

Carro de polícia da cidade de Gatineau, na província de Quebec, no Canadá
Carro de polícia da cidade de Gatineau, na província de Quebec, no Canadá Carro de polícia da cidade de Gatineau, na província de Quebec, no Canadá

Uma investigação sobre o comportamento de agentes do SPVG (Serviço de polícia da cidade de Gatineau) será aberta no Quebec, no Canadá, segundo confirmação do Ministério da Segurança Pública da província, feita no sábado (6). Ela será realizada pelo BEI (Escritório de Investigações Independentes), após solicitação de Geneviève Guilbault, ministra de segurança pública e responsável pela região da capital nacional, Ottawa.

Questionamentos sobre a conduta dos policiais surgiram após uma das diplomatas a serviço da República do Senegal em Ottawa alegar que teve sua casa invadida na terça-feira (2). Ela também contou que foi algemada e agredida "de maneira selvagem" pelos agentes.

O ministério das Relações Exteriores em Dacar, no Senegal, convocou o secretário de negócios da embaixada canadense para "denunciar e condenar de maneira vigorosa o ato racista e de barbárie", em que a polícia exerceu "humilhante violência física e moral diante de testemunhas". Também pediu uma ação contra "os autores desta agressão inadmissível".

Em resposta às acusações, o SPVG disse que a mulher atacou de maneira violenta dois oficiais, e que, diante da reação dela à abordagem, a atitude dos agentes respeitou o protocolo.

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O caso

A confusão foi provocada por um pedido judicial contra a diplomata, cujo teor não foi revelado. A polícia entrou no caso para ajudar o agente judiciário encarregado de cumprir a ordem. Quando foram realizar a tarefa, segundo os agentes, a pessoa ficou "agressiva" e, por isso, teve de ser algemada, e foi colocada na parte de trás de uma viatura.

Em um comunicado, o governo canadense afirma que "continuará cooperando totalmente com Senegal para remediar a situação lamentável".

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Leia também

Andrée Laforest, ministra interina de Relações Internacionais e da Francofonia do Quebec, informa que, no que diz respeito às Relações Diplomáticas, a Convenção de Viena de 1961 assegura imunidade diplomática ao Primeiro Conselheiro da Embaixada do Senegal no Canadá, o que coloca em dúvida a legalidade da intervenção policial realizada.

Dessa forma, a investigação que será conduzida pelo BEI vai apurar apenas a conduta dos policiais, enquanto as queixas deles contra a diplomata serão arquivadas, em razão da imunidade diplomática aplicável.

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