Após bombardear túneis do Hamas, Israel mantém ataques à Faixa de Gaza
Famílias dos reféns detidos por terroristas do Hamas, em sua maioria israelenses, dizem estar 'preocupadas' com a ofensiva
Internacional|Do R7, com AFP
O Exército de Israel mantém a ofensiva na Faixa de Gaza na manhã deste sábado (28), após combates terrestres entre soldados e terroristas do Hamas. Com intensidade sem precedentes desde o início da guerra, os bombardeios destruíram centenas de edifícios no norte da região.
O Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza, afirmou em seu último relatório, divulgado nesta sexta-feira (27), que 7.326 pessoas, principalmente civis, foram mortas nos ataques israelenses. Segundo o Hamas, quase 3.000 crianças estavam entre as vítimas.
Neste sábado (28), o porta-voz do serviço de proteção civil de Gaza informou que centenas de edifícios e casas foram “completamente destruídos” pelos bombardeios israelenses da madrugada.
O Exército de Israel, por sua vez, disse ter atingido “150 alvos subterrâneos” no norte da Faixa de Gaza, onde afirma que o Hamas conduz suas operações a partir de uma gigantesca rede de túneis. Em nota, os militares afirmam ter matado “vários terroristas do Hamas”, incluindo um dos responsáveis pela organização da ofensiva de 7 de outubro.
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Durante a noite, o Hamas relatou intensos confrontos entre os seus combatentes e soldados israelenses, que atacaram Beit Hanun, no norte da Faixa, e Al Bureij, no centro. Os militares de Israel confirmaram que as suas forças tinham operado “dentro de Gaza”, tal como fizeram nas duas noites anteriores. Em resposta, o Hamas disparou foguetes contra várias cidades de Israel.
“Continuaremos bombardeando por via aérea e marítima”, disse o porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari. “A eliminação [dos líderes do Hamas] os enfraquece”, completou, observando que o Exército não reportou vítimas durante as operações noturnas.
A ONU diz temer uma “avalanche de sofrimento humano” na Faixa de Gaza, onde o Exército de Israel realiza uma devastadora campanha de bombardeios desde 7 de outubro, em retaliação à ofensiva sem precedentes que os militantes do Hamas lançaram em território israelense.
Famílias preocupadas
Depois dos últimos ataques de Israel e de “uma noite de imensa angústia”, as famílias dos reféns detidos pelo Hamas, em sua maioria israelenses, disseram estar “preocupadas” com o destino dos sequestrados e exigiram explicações ao governo de Benjamin Netanyahu.
Segundo o Exército israelense, 229 reféns foram capturados no dia 7 de outubro pelo Hamas e levados à força para Gaza. De lá para cá, os islamitas libertaram quatro mulheres cativas. O Hamas disse na quinta-feira (26) que quase 50 reféns foram mortos nos ataques israelenses.
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A perspectiva de uma ofensiva também preocupa a comunidade internacional, que teme que o confronto degenere em um conflito regional. O Irã, patrocinador do Hamas e do movimento libanês Hezbollah, emitiu vários avisos a esse respeito aos Estados Unidos, aliados de Israel.
“Israel deve parar imediatamente com esta loucura”, acrescentou o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, numa mensagem na rede social X.
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