México e Estados Unidos estão trabalhando em conjunto para localizar quatro americanos sequestrados na última sexta-feira (3) na cidade mexicana de Matamoros, ocasião na qual uma pessoa morreu, informaram autoridades de ambos os países nesta segunda-feira (6). "Todo o governo está lá trabalhando", disse o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, confirmando o sequestro. O embaixador americano no México, Ken Salazar, anunciou, nesta segunda-feira, que um cidadão mexicano morreu durante a ação. De acordo com López Obrador, as vítimas são cidadãos americanos que "cruzavam a fronteira para comprar remédios no México e houve confronto entre grupos e eles foram presos". Os americanos chegaram a Matamoros, no estado de Tamaulipas, na sexta-feira (3), a bordo de uma minivan branca com placa da Carolina do Norte, anunciou o FBI no domingo (5). "Pouco depois de entrarem no México, homens armados não identificados dispararam contra os passageiros do veículo. Os quatro americanos foram colocados em um carro e levados" por eles, acrescentou o departamento de investigação. O presidente mexicano destacou que o FBI está trabalhando com a Secretaria de Segurança do país e mantém "comunicação" com a chefe desse escritório, Rosa Icela Rodríguez. Salazar, por sua vez, afirmou que "várias agências da Justiça americana" estão colaborando com as autoridades mexicanas "para conseguir o retorno seguro" dos compatriotas. O FBI está oferecendo uma recompensa de US$ 50 mil (aproximadamente R$ 260 mil) para ajudar a resgatar as vítimas não identificadas e prender os suspeitos. O município de Matamoros, no noroeste do país, faz fronteira com os Estados Unidos e tem tido casos recorrentes de violência ligada ao tráfico de drogas e outras formas de crime organizado. As rodovias de Tamaulipas estão entre as mais perigosas do país, em razão da ameaça de sequestro e extorsão por facções criminosas. Há vários meses, os Estados Unidos mantêm um alerta para que os cidadãos americanos se abstenham de viajar para esse estado mexicano, devido a atividades do crime organizado que incluem tiroteios, assassinatos, roubos, sequestros, desaparecimentos forçados, extorsões e agressões sexuais. Até mesmo funcionários do consulado estão proibidos de transitar pelas estradas vicinais da região.