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Argentina registra quase 1,2 mil feminicídios em apenas 4 anos

Somente de janeiro a maio deste ano, o país registrou 121 assassinatos de mulheres, segundo dados de um relatório divulgado nesta quinta-feira (23)

Internacional|Da EFE

Quase 1200 mulheres foram mortas desde 2015 no país
Quase 1200 mulheres foram mortas desde 2015 no país

Um total de 1.193 mulheres foram assassinadas na Argentina desde junho de 2015, quando o movimento "Nem uma a menos" realizou sua primeira manifestação no país.

Dados divulgados nesta quinta-feira (23) pelo Observatório da Violência Sexual mostram que uma mulher foi morta na Argentina a cada 30 horas. Somente até maio deste ano, foram registrados 121 casos de feminicídios, que deixaram 84 crianças órfãs no país.

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O levantamento também mostra que 82% dos assassinos eram do círculo íntimo ou conheciam a vítima. Segundo o balanço divulgado hoje, 42% dos homicídios foram cometidos por namorados ou maridos dessas mulheres. Em outros 21%, o autor já havia tido algum tipo de relacionamento amoroso com elas.


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Além disso, 17 de cada 100 assassinadas tinha denunciado os companheiros por maus-tratos, e oito de cada 100 contava com medidas de proteção determinadas pela Justiça da Argentina.

"Os números de feminicídios são alarmantes. Há anos não conseguimos reduzi-los na Argentina, e o governo de Mauricio Macri não leva adiante políticas públicas para erradicar a violência contra as mulheres", disse a presidente do Observatório da Violência Sexual, Raquel Vivanco.


Os dados serão apresentados na próxima quinta-feira na Câmara dos Deputados. Além disso, a entidade pretende publicar um relatório sobre o tratamento dado pela imprensa aos casos de assassinatos de mulheres e os avanços na divulgação do conceito de feminicídio.

Para Vivanco, mais mulheres serão assassinadas diariamente no país se medidas para protegê-las não forem tomadas.

Em 2018, diferentes organizações sociais contabilizaram entre 259 e 273 feminicídios na Argentina. Os relatórios foram elaborados a partir da divulgação das mortes na imprensa.

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