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Argentina tem seca e falta de neve na Patagônia e na região de Cuyo

Imagens de satélite mostram grande diminuição na área com neve em comparação com o mesmo trimestre do ano passado

Internacional|Do R7

Imagens de satélite mostram grande diminuição na área com neve em 2021, em comparação com 2020
Imagens de satélite mostram grande diminuição na área com neve em 2021, em comparação com 2020

As regiões de Cuyo e da Patagônia estão sob efeitos da seca, com um déficit considerável de chuva e neve que se estende até os setores montanhosos, e as previsões a longo prazo não descrevem grandes mudanças, de acordo com um relatório divulgado nesta quinta-feira (5) pelo SMN (Serviço Meteorológico Nacional).

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A seca no sul do país vem em meio à queda histórica do nível de água do rio Paraná na região do Litoral, onde um informe anterior do SMN já havia registrado que 75% da área da bacia do Paraná está afetada por secas moderadas a excepcionais.

"Várias regiões da Argentina estão sofrendo as consequências de uma seca prolongada e intensa, que produz diversos impactos em setores de atividade produtiva e preocupa especialistas e autoridades", advertiu o SMN. "A situação é complexa, e as notícias no horizonte não são animadoras", completou o organismo.


Falta de chuva

Segundo o relatório, durante o trimestre compreendido entre maio, junho e julho, o déficit de precipitação se intensificou em todo sul e o oeste da Patagônia meridional se estendeu à cordilheira de Cuyo.

A precipitação acumulada ficou bem aquém da quantidade normal para a estação: 200 milímetros abaixo da média climatológica de 1981 a 2010.


O SMN lembrou que as áreas montanhosas dessas regiões do país geralmente têm seu máximo de precipitação nesta época do ano. No entanto, a situação atual é completamente o oposto e, como resultado, há uma situação de seca.

Falta de neve

O SMN acrescentou que o déficit de precipitação também se reflete na falta de neve durante o mesmo trimestre na Patagônia e em Cuyo incluindo a cordilheira. O organismo salientou que as imagens de satélite mostram uma grande diminuição na área com neve em 2021, em comparação com o mesmo trimestre do ano passado.


Em Cuyo, a cordilheira central tem a menor área coberta de neve desde 2000, e este é também o quarto ano consecutivo abaixo desses valores.

Na Patagônia, a parte norte também tem os valores mais baixos desde 2000, e o setor sul tem o segundo valor mais baixo desde esse ano, atrás apenas do mesmo trimestre de 2015.

Prognósticos desanimadores

A explicação do SMN para a seca é que toda a região é dominada por um padrão de circulação atmosférica que reduziu a frequência das frentes frias, com sistemas de alta pressão que impedem a formação de precipitação e favorecem temperaturas mais quentes que as normais.

O Serviço entende que a previsão não é animadora para o trimestre que compreende os meses de agosto, setembro e outubro de 2021 e prevê um aumento da probabilidade de precipitação normal ou abaixo do normal em toda a região.

Enquanto isso, se espera um trimestre mais quente do que o normal em Cuyo e no sul e no leste da Patagônia e temperaturas normais ou acima do normal no oeste.

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