Argentinos vão às ruas protestar contra novas medidas de restrição
Protestos ocorrem em Buenos Aires, em frente ao Obelisco, especialmente a suspensão das aulas presenciais
Internacional|Da EFE
Cidadãos argentinos realizaram no sábado (17) uma manifestação contra as novas restrições impostas pelo presidente Alberto Fernández, especialmente a suspensão das aulas presenciais, para enfrentar a segunda onda da covid-19.
O protesto concentrou-se no centro da capital, junto ao emblemático Obelisco, onde os cidadãos se manifestaram com bandeiras e faixas brancas e azuis claras, expressando sua rejeição às novas restrições sanitárias.
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Também houve uma concentração nos portões da residência presidencial, na cidade de Olivos.
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Na última quarta, Alberto Fernández anunciou para Buenos Aires e seus arredores uma extensão do horário de restrição à circulação noturna que já vigorava desde o dia 9.
Além disso, até o próximo dia 30, estão suspensas na capital e sua área urbana as atividades recreativas, sociais, culturais, esportivas e religiosas e serviços gastronômicos em locais fechados. O comércio só pode funcionar em um horário mais limitado.
No entanto, a medida que gerou mais polêmica foi a de suspender por duas semanas as aulas presenciais em Buenos Aires e arredores.
O prefeito da capital, o opositor Horacio Rodríguez Larreta, apresentou um recurso ao Supremo Tribunal Federal para impedir o fechamento das escolas, ao mesmo tempo em que ocorreram diversos processos nos tribunais locais por estabelecimentos de ensino, organizações não governamentais e associações de pais de alunos.
Para defender a decisão de fechar as escolas, Alberto Fernández argumentou que o reinício das aulas, no dia 17 de fevereiro, levou a um aumento de 25% na circulação de pessoas na região metropolitana, com mais infecções que, alertou, cresceram "exponencialmente" em menores de 9 a 19 anos.
Por outro lado, apelou à reflexão aos empresários do setor gastronômico que se anteciparam afirmando que não iriam respeitar as medidas, líderes políticos da oposição que se opõem às restrições e até mesmo algumas escolas que anunciaram que abrirão as portas de qualquer forma. Ele garantiu que o governo "será rigoroso" com quem descumprir as normas.
O presidente afirmou que "as leis são feitas para serem cumpridas" e que os setores econômicos afetados serão assistidos pelo Estado.