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Arma da 1ª Guerra Mundial impulsiona robôs ucranianos com IA

Metralhadora criada há mais de um século ganha nova vida ao ser integrada com tecnologia de ponta no campo de batalha

Internacional|Do R7

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Robô de logística Droid TW 12.7 equipado com uma metralhadora M2 Divulgação/DevDroid

Uma metralhadora projetada nos últimos dias da Primeira Guerra Mundial está agora na linha de frente da guerra mais tecnologicamente avançada da atualidade.

A M2 Browning, ícone militar dos Estados Unidos, tornou-se a arma preferida da Ucrânia para equipar seus robôs de combate controlados por inteligência artificial.


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Desenvolvida por John Browning em 1918 e usada amplamente a partir da Segunda Guerra Mundial, a M2 continua ativa em arsenais ao redor do mundo. Na Ucrânia, ela é utilizada tanto por soldados quanto por sistemas automatizados, tornando-se peça-chave no enfrentamento das forças russas.


Grupos ucranianos como o FRDM têm incorporado a metralhadora em robôs terrestres avançados, como o D-21-12, aprovado para uso militar em abril. Com mais de 580 kg, o robô transporta munições e pode alcançar até 10 km/h em missões de combate e vigilância.


A escolha da M2 se baseia, segundo Ihor Kulakevych, gerente de produto do FRDM, em sua confiabilidade e fácil acesso nos arsenais ocidentais, algo que contrasta com a escassez de armas de fabricação soviética na Ucrânia. A munição também é amplamente disponível, fator crucial para a continuidade das operações.


O diretor-executivo do FRDM, Vadym Yunyk, destacou que o robô foi criado para reduzir riscos humanos em tarefas logísticas de linha de frente, como evacuação de feridos. Ele afirmou que o equipamento “comprovou sua eficácia no campo de batalha” ao também servir de plataforma armada.

Outra empresa ucraniana, a DevDroid, transformou seu robô de logística Droid TW 12.7 em uma máquina de combate ao trabalhar em conjunto com a M2. O sistema, alimentado por inteligência artificial, reconhece alvos com alta precisão e já está em operação nos campos de batalha ucranianos.

Além dos robôs, a M2 integra o Sky Sentinel, torre automatizada que intercepta drones Shahed e mísseis de cruzeiro russos. O sistema, operando com mínima intervenção humana, é vital para um país que enfrenta escassez de tropas e de defesas aéreas.

Apesar da sofisticação tecnológica, a guerra na Ucrânia mistura soluções modernas e rudimentares. Há desde combates de trincheira e uso de espingardas contra drones, até robôs terrestres guiados por IA e dispositivos de guerra eletrônica de última geração.

A longevidade da M2 Browning é notável. De conflitos como Vietnã e Afeganistão, a metralhadora agora participa de uma guerra em que inteligência artificial e armamentos autônomos moldam os rumos do combate.

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