Assessor de Macron é identificado como agressor de manifestante
Em vídeo, membro da equipe presidencial homem aparece usando capacete policial agredindo um homem durante protestos do 1º de Maio
Internacional|Cristina Charão, com Reuters
Um assessor do presidente da França, Emmanual Macron, foi identificado como responsável por agredir um manifestante no Dia 1º de Maio e se apresentar como um policial, mas não informar autoridades. A denúncia abriu uma crise sobre a imagem de Macron na França.
A identificação do assessor do gabinete presidencial Alexandre Benalla foi feita por meio de um vídeo feito durante uma manifestação do Dia 1º de Maio. Divulgado pelo jornal Le Monde, o vídeo mostrava um homem com um capacete policial e uma etiqueta de identificação arrastando uma mulher e agredindo um manifestante.
O funcionário foi suspenso de suas atividades.
“O membro da equipe, Alexandre Benalla, havia recebido permissão para testemunhar as manifestações somente como um observador”, disse o porta-voz presidencial Bruno Roger-Petit em um comunicado em vídeo organizado às pressas.
“Claramente, ele foi além disto... Ele foi imediatamente convocado pelo chefe de gabinete do presidente e recebeu uma suspensão de 15 dias. Isto foi feito como uma punição por comportamento inaceitável”.
Presidente arrogante
Críticos disseram que o incidente reforçou percepções de um presidente arrogante e fora de alcance, após controvérsias sobre gastos do governo em louças, uma piscina construída em um retiro presidencial e afirmações do presidente sobre os custos de programas sociais.
Em uma viagem ao sudoeste da França na quinta-feira, Macron se negou a responder perguntas de repórteres sobre a questão, dizendo somente em um vídeo publicado por um repórter do Le Figaro: “Eu não vim aqui para ver vocês. Eu vim para ver o Sr. Prefeito”.
A maneira que a Presidência lidou com o assunto foi condenada por partidos da oposição, que argumentaram que não somente a punição foi muito leniente, mas que o incidente deveria ter sido rapidamente encaminhado para autoridades judiciais.
“Este vídeo é chocante. Hoje nós temos o sentimento de que na comitiva de Macron as pessoas estão acima da lei”, disse Laurent Wauquiez, presidente dos conservadores Republicains, à rádio Europe 1.