Ataque a tiros em mesquita na fronteira entre Quênia e Somália deixa 7 mortos

Nairóbi, 21 fev (EFE).- Pelo menos sete pessoas morreram nesta quinta-feira depois que homens armados abriram fogo contra participantes da oração matinal em uma mesquita perto da cidade de Liboi, no Quênia, a cerca de 20 quilômetros da fronteira com a Somália. O comissário regional de polícia, Maalim Mohammed - citado hoje pelo site do jornal queniano "The Standard" -, informou que cinco homens morreram dentro do templo, e duas mulheres faleceram enquanto eram socorridas fora dele. A polícia disseu que ainda não sabe o motivo do ataque e se ele tem relação com os ataques terroristas como os ocorridos no Quênia desde 2011, quando seu exército entrou na Somália para combater a milícia fundamentalista islâmica Al Shabab. Testemunhas citados pelo jornal disseram que o ataque foi realizado por oito homens armados com fuzis AK47 e que, depois do tiroteio, queimaram as casas próximas ao templo e fugiram. Além disso, testemunhas afirmaram que há muitas pessoas desaparecidas desde o crime. A mesquita onde aconteceu o ataque de hoje está a 25 quilômetros do campo de refugiados de Dadaab, no leste do Quênia. O país africano foi alvo de mais de 40 ataques desde que o exército local iniciou, em 15 de outubro de 2011, uma ofensiva na Somália contra a Al Shabab, que ameaçou em várias ocasiões cometer ataques no Quênia como represália. Estes atentados deixaram mais de cem mortos e 200 feridos. A incursão militar começou dois dias depois do sequestro de duas voluntários espanholas da ONG Médicos sem Fronteiras em Daabad, o quarto em pouco mais de um mês, todos eles supostamente realizados pela Al Shabab, segundo as autoridades quenianas. A milícia, que em fevereiro de 2012 anunciou sua união formal com a rede terrorista Al Qaeda, combate desde 2006 as autoridades somalis e as forças multinacionais da Missão da União Africana na Somália (Amisom) para tentar instaurar um Estado muçulmano de ramo wahhabista no país. EFE jt/id