Ataque aéreo dos EUA matou 10 civis, sendo sete crianças afegãs
Alvo atingido foi um veículo que estaria sendo preparado pelo Estado Islâmico-K para uma nova ação do grupo terrorista
Internacional|Pablo Marques, do R7
Os EUA utilizaram um drone para atacar, no domingo (29), um suposto carro-bomba que seria usado em um novo atentando pelo Estado Islâmico K, ou ISIS-K, o braço afegão do grupo terrorista. O disparo que destruiu o veículo estacionado em uma casa teria matado 10 pessoas da mesma família, segundo informações publicadas pelo jornal New York Times nesta segunda-feira (30).
Segundo sobreviventes e vizinhos ouvidos pela imprensa norte-americana, entre as vítimas fatais do ataque aéreo estão sete crianças afegãs que estariam dentro do veículo e também em áreas próximas de onde o míssil caiu.
A explosão matou também um afegão que trabalhava para uma instituição de caridade dos EUA e um outro homem que prestava serviços para as forças armadas americanas e que tinha chegado à Cabul para tentar deixar o país em um voo militar. A reportagem do NYT não divulgou informações sobre a décima vítima civil.
Os EUA afirmaram que vão investigar a informação de que civis foram mortos no ataque. "Estamos avaliando as possibilidades de vítimas civis, embora não tenhamos indicações no momento. Permanecemos vigilantes para potenciais ameaças futuras", informa a nota assinada pelo porta-voz do Comando Central dos EUA, capitão Bill Urban.
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Segundo autoridades dos EUA, após o veículo ter sido atingido pelo míssil disparado pelo drone, houve uma sequência de outras explosões, o que seria um indicativo da presença de explosivos e, portanto, a comprovação de que um novo atentado estava sendo planejado.
Os ataques dos EUA às vésperas de encerrar a operação de retirada de estrangeiros, civis e militares, no dia 31 de agosto, foi uma resposta ao ataque realizado por um homem-bomba membro do ISIS-K na última quinta-feira (26). A ação matou mais de 180 pessoas nos arredores do aeroporto de Cabul, incluindo 13 militares norte-americanos.
Na sequência ao ataque terrorista, o governo norte-americano realizou um primeiro ofensiva contra o Estado Islâmico K e atacou uma região no leste do Afeganistão. A missão teria matado
Nesta segunda-feira (30), o grupo Estado Islâmico K reinvindicou a autoria do ataque com cinco foguetes contra o aeroporto de Cabul. O sistema antimíssil do exército dos EUA conseguiu interceptar o ataque e impedir danos e vítimas no local.