Ataque contra posto militar mata ao menos 20 soldados no Afeganistão

Pelo menos 20 soldados do Exército Nacional do Afeganistão (ANA, na sigla em inglês) morreram e outros dois foram capturados vivos em um ataque noturno dos talibãs contra um posto de controle na província ocidental de Farah, informaram nesta segunda-feira (6) fontes oficiais.

"Neste ataque, 20 soldados do exército foram assassinados e outros dois foram capturados vivos pelos talibãs", disse à Agência Efe Dadullah Qani, que integra o Conselho Provincial de Farah.

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O ataque contra o posto de controle, situado no setor de Yaka-Toot, no distrito de Gulistan, ocorreu durante a noite de domingo e, além das mortes provocadas, os talibãs roubaram equipamentos e armamento militar, segundo Qani.

A instalação militar foi invadida completamente pelos talibãs até as forças de segurança retomarem o controle, disse à Efe Samad Salihi, que também faz parte do Conselho Provincial de Farah.

O Ministério da Defesa afegão confirmou o ataque na região e acrescentou que o mesmo já foi controlado pelas forças de segurança, mas não proporcionou detalhes sobre o ocorrido.

"Confirmamos o ataque contra o posto de controle. Infelizmente, temos vítimas entre as tropas. Os talibãs também sofreram baixas, mas ainda estamos trabalhando nos detalhes", disse à Efe o porta-voz do Ministério de Defesa, Qais Mangal.

O porta-voz dos talibãs, Qari Mohammad Yousef Ahmadi, disse que os insurgentes atacaram ontem à noite "um importante posto de controle" do exército afegão em Gulistan.

"Até 25 soldados morreram, dois foram capturados vivos, enquanto três veículos blindados foram incendiados. Os mujahedin (guerrilheiros) confiscaram dois veículos e várias armas", disse o porta-voz dos insurgentes.

Este e outros ataques seguem acontecendo no país apesar das rodadas de negociação de paz entre o movimento talibã e enviados dos EUA em países do Golfo Pérsico.

Na semana passada, aproximadamente 3,2 mil idosos tribais, líderes políticos e cidadãos influentes se reuniram em Cabul para analisar a possibilidade de realizar negociações de paz com os talibãs e pediram um cessar-fogo e um diálogo "intra-afegão".