Ataques com drones deixaram mais de 20 militares dos EUA feridos no Oriente Médio
Suspeita é de que forças iranianas estariam por trás dos ataques, que foram realizados na semana passada
Internacional|Do R7
Vinte e quatro militares americanos ficaram feridos na semana passada em uma série de ataques de drones em bases dos Estados Unidos no Iraque e na Síria, disse o Centcom (Comando Central dos EUA) à NBC News nesta terça-feira (24).
O Pentágono confirmou os ataques na semana passada, mas o número de baixas dos EUA não havia sido divulgado anteriormente.
Vinte militares americanos sofreram ferimentos leves em 18 de outubro quando pelo menos dois drones de ataque atingiram a base militar de Al Tanf, no sul da Síria, disse o Centcom.
Um dos drones foi abatido e não houve danos às instalações militares. Os militares feridos já retornaram ao serviço.
No mesmo dia, outros quatro militares americanos sofreram ferimentos leves durante dois ataques de drones separados contra forças dos EUA e da coalizão estacionadas na base de Al Asad, no oeste do Iraque.
Os EUA abateram os drones de ataque, mas os destroços de um destruíram um hangar que continha pequenas aeronaves, disse o CENTCOM. Todos os militares feridos retornaram ao serviço.
Irã
Os ataques ocorreram em meio a tensões crescentes na região devido ao conflito em Israel.
O general de brigada Pat Ryder, secretário de imprensa do Pentágono, disse na terça-feira que, na última semana, as forças dos EUA e da coalizão foram atacadas pelo menos 10 vezes separadas no Iraque e três vezes separadas na Síria "por meio de uma combinação de drones de ataque e foguetes".
Ryder disse que os grupos que realizam os ataques são apoiados pelo Irã e por seu Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica.
"O que estamos vendo é a perspectiva de uma escalada mais significativa contra as forças e o pessoal dos EUA em toda a região no curto prazo vindos de forças próximas ao Irã e, em última instância, do Irã", disse Ryder.
"Sempre reservamos o direito de nos defender e nunca hesitaremos em agir quando necessário para proteger nossas forças e nossos interesses no exterior", acrescentou.
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