EUA descartam cessar-fogo em Gaza; pausa poderia ajudar terroristas do Hamas

Uma interrupção na guerra daria aos terroristas oportunidade de descansarem e se reequiparem para voltar a atacar israelenses

23/10/2023 - 15h31 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h22)

Os Estados Unidos descartaram nesta segunda-feira (23) um cessar-fogo na guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Na avaliação dos EUA, qualquer interrupção beneficiaria os extremistas palestinos.

Uma pausa “daria ao Hamas a oportunidade de descansar, reequipar-se e preparar-se para continuar lançando ataques terroristas contra Israel”, disse a jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

Ainda nesta segunda-feira, o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, afirmou que os líderes do bloco apoiariam uma "pausa humanitária" no conflito.

"Penso que a ideia de uma pausa humanitária para facilitar a chegada de ajuda humanitária, para permitir que as pessoas deslocadas encontrem abrigo é algo que os líderes apoiariam", disse Borell. Os europeus se reunirão nas próximas quinta (26) e sexta-feira (27) para discutir o tema.

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No fim de um encontro de ministros das Relações Exteriores da UE nesta segunda em Luxemburgo, Borrell afirmou que também entendem que uma pausa nas hostilidades é essencial para entregar ajuda humanitária.

"Essa pausa é necessária, inclusive para garantir que a ajuda humanitária chegue" às pessoas que precisam. “Caso contrário, a própria ajuda humanitária seria destruída no processo."

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O chefe da diplomacia europeia disse que, nos últimos dias, a ajuda humanitária conseguiu entrar na Faixa de Gaza, mas em níveis insuficientes diante da gravidade da situação.

"Antes da guerra, chegavam a Gaza cem caminhões por dia, e agora chegam 20 por dia, quando as necessidades são muito maiores", observou.

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Incursão terrestre

Apesar de rejeitarem um cessar-fogo, os Estados Unidos estão pressionando Israel para que atrase a incursão por terra na Faixa de Gaza. O governo americano quer mais tempo para negociar a retirada de reféns capturados pelo grupo terrorista Hamas.

A possibilidade de retirar mais reféns americanos de Gaza também motiva a pressão sobre Israel. Na sexta-feira (20), Judith Tai Raanan e sua filha Natalie Shoshana foram libertadas pelos terroristas.

Bunker, kibutz e Hezbollah: entenda os termos usados na guerra entre Israel e Hamas

O grupo terrorista Hamas iniciou, no último sábado (7), um ataque contra Israel. O conflito, que se transformou em uma guerra, já deixou mais de 2.200 mortos em Israel e na Faixa de Gaza. Saiba mais sobre algumas das palavras mais usadas para contar esse triste capítulo da história do Oriente Médio:

Israel: Israel é um país localizado no Oriente Médio, na costa sudeste do mar Mediterrâneo. Foi fundado em 1948, após a Segunda Guerra Mundial, como um Estado independente e soberano, para ser a casa milhões de judeus, que desde a Antiguidade viviam espalhados pelo mundo

Palestina: a Palestina é uma região historicamente associada ao Oriente Médio, situada entre o rio Jordão e o mar Mediterrâneo. Hoje, não existe um Estado palestino oficialmente reconhecido pela comunidade internacional. Em razão disso, a população palestina está basicamente divida em dois territórios: a Cisjordânia — que abriga 2,7 milhões de pessoas e é controlada pela Autoridade Palestina — e a Faixa de Gaza — que abriga 2,3 milhões de palestinos e é controlada pelo Hamas

Hamas: considerado uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos, União Europeia, Reino Unido e muitas outras nações, o Hamas foi fundado em 1987, durante a primeira intifada (levante popular palestino contra Israel), e se denomina uma organização política e militar da Palestina. Em seu estatuto, o Hamas se comprometeu com a destruição de Israel

Bunker: um bunker é uma estrutura fortificada e protegida, geralmente subterrânea, projetada para oferecer abrigo e segurança em situações de emergência, como ataques militares, desastres naturais, acidentes nucleares ou eventos catastróficos. Após a ofensiva do Hamas em Israel, diversos bunkers foram utilizados e garantiram a sobrevivência de parte das pessoas, como da atriz brasileira Gabriela Duarte

Kibutz: um kibutz é uma forma de comunidade em Israel e em algumas partes do mundo judaico. Essas comunidades são um tipo de assentamento agrícola em que a propriedade e os recursos são geralmente compartilhados pelos membros que lá vivem

Domo de Ferro: o Domo de Ferro é um sistema de defesa antimísseis israelense criado para interceptar foguetes e artilharia de curto alcance. Ele foi intensamente usado para impedir que as últimas ofensivas do grupo terrorista Hamas atingissem alvos em território israelense

Hezbollah: o Hezbollah é uma organização terrorista e política fundada no início da década de 1980, durante a Guerra Civil Libanesa. O grupo surgiu em resposta à ocupação israelense do sul do Líbano e à presença militar israelense no país na época

O grupo terrorista Hamas iniciou, no último sábado (7), um ataque contra Israel. O conflito, que se transformou em uma guerra, já deixou mais de 2.200 mortos em Israel e na Faixa de Gaza. Saiba mais sobre algumas das palavras mais usadas para contar es...