Atentados com bomba no sul da Tailândia deixam dois mortos e quatro feridos

Bangcoc, 7 abr (EFE).- Dois soldados tailandeses morreram neste domingo e quatro policiais ficaram feridos em dois atentados com bomba na região muçulmana do sul da Tailândia, informaram fontes policiais. Os dois militares viajavam em uma motocicleta pelo distrito de Rangae quando supostos rebeldes muçulmanos explodiram, através de um controle remoto, uma bomba de 10 quilos que estava encondida na margem da estrada, disse o chefe de polícia do distrito, Somboono Sakhon. Os agentes encontraram pelo menos 20 cápsulas de bala ao redor dos dois soldados, que foram atingidos por disparos, acrescentou Sakhon, citado pelo jornal "Bangcoc Post". Pouco antes, no distrito de Cho Airong, outra bomba acionada a distância deixou quatro policiais feridos, que estavam em uma caminhonete. Os ataques coincidiram com a visita que a primeira-ministra tailandesa, Yingluck Shinawatra, realizou em um hospital da vizinha província de Yala, onde se recuperam os feridos no atentado da sexta-feira no qual morreram o vice-governador provincial e seu assistente. Estes atentados ocorreram depois que o Governo e vários grupos separatistas muçulmanos se sentaram, pela primera vez, para negociar um processo de paz em 28 de março. Os atentados com armas leves, assassinatos e atentados com explosivos em Pattani, Narathiwat e Yala, se repetem quase diariamente apesar do desdobramento de cerca de 40 mil soldados das forças de segurança. Desde 2004, esses atentados já mataram mais de 5.300 pessoas. Outras 9 mil pessoas ficaram feridas nas três províncias do sul desde que o movimento de libertação islâmico retomou as armas em 2004. Os insurgentes denunciam a discriminação que sofrem por parte da maioria budista do país e exigem a criação de um Estado islâmico que integre estas três províncias, que configuraram o antigo sultanato de Pattani, anexado pela Tailândia há um século. EFE jcp/ff (foto)