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Avião cargueiro do Irã conhecido por transportar armas pousa em base russa na Síria

A companhia que é dona da aeronave está sob sanções dos EUA por carregar 'carga ilícita para clientes do Irã no Levante'

Internacional|Do R7

Antes de ir à Síria, aeronave fez um bate e volta entre o Irã e a Rússia nesta quarta-feira
Antes de ir à Síria, aeronave fez um bate e volta entre o Irã e a Rússia nesta quarta-feira

Um avião de carga de uma companhia aérea do Irã, acusada pelos Estados Unidos de transportar armas iranianas, pousou nesta quinta-feira (9) na base aérea russa de Khmeimim, na cidade portuária síria de Latakia, na costa do mar Mediterrâneo, mostra o site de rastreamento de voos Flightradar24.

Não há até agora, por parte de autoridades internacionais, nenhuma manifestação de qual seria o carregamento desse cargueiro no momento em que pousou na Síria.

O avião, um modelo russo Ilyushin IL-76TD, já havia feito um bate e volta nesta quarta (8) entre as capitais do Irã e da Rússia, após cerca de um mês sem ser visto nos ares.

O cargueiro ficou menos de três horas em solo sírio antes de retornar para Teerã. 


Site de rastreamento de voos mostra aeronave deixando a Síria nesta quinta-feira
Site de rastreamento de voos mostra aeronave deixando a Síria nesta quinta-feira

A dona da aeronave é a Pouya Air, empresa que é alvo de sanções do Departamento de Estado americano desde agosto de 2014. Na ocasião, um comunicado afirmava a operadora era "um pseudônimo da companhia aérea iraniana designada Yas Air", também sancionada, em 2012.

As sanções se deram, segundo o Departamento de Estado, "por agir para ou em nome do IRGC-QF [sigla em inglês para Força Quds da Guarda Revolucionária do Irã] para o transporte de carga ilícita, incluindo armas, para clientes do Irã no Levante [região onde fica a Síria]".


O Centro Nacional de Contraterrorismo dos EUA descreve a Guarda Revolucionária do Irã como uma "força armada do estado iraniano encarregada de defender o regime revolucionário do Irã".

"Ela é separada das forças militares convencionais do Irã e inclui forças terrestres, navais e aéreas, além de componentes como uma milícia de segurança interna (o Basij) e uma força de operações externas, a Força Quds."


A Força Quds é classificada pelos Estados Unidos como uma organização terrorista e acusada de usar capacidades de inteligência e militares próprias e de grupos na região para promover instabilidades políticas no Oriente Médio.

"Ela forneceu equipamentos militares avançados ao Hezbollah libanês, incluindo sistemas de defesa aérea, mísseis de cruzeiro de defesa costeira, foguetes de longo alcance e sistemas de aeronaves não tripuladas. Também abastece grupos militantes xiitas iraquianos com armas antiaéreas, projéteis explosivos perfurantes, dispositivos explosivos improvisados, foguetes, granadas propelidas por foguetes e UAS [drones]", afirma o Centro Nacional de Contraterrorismo.

O ex-comandante da Força Quds e à época comandante da Guarda Revolucionária do Irã Qassem Soleimani foi assassinado em janeiro de 2020, em um ataque aéreo promovido pelos Estados Unidos, logo após sair do aeroporto de Bagadá, no Iraque.

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