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Bélgica pede perdão por sequestrar crianças de Congo e Ruanda

Jovens são filhos de colonizadores com africanas e muitas acabaram em orfanatos ou com famílias adotivas quando foram mandadas para o país 

Internacional|Da EFE

Bélgicas se desculpa por sequestrar crianças africanas
Bélgicas se desculpa por sequestrar crianças africanas Bélgicas se desculpa por sequestrar crianças africanas

O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, pediu perdão nesta quinta-feira (4) pelos sequestros de milhares de crianças no Congo, Burundi e Ruanda realizados pelo país europeu no século passado.

As crianças, filhas de colonizadores belgas estabelecidos nos países com mulheres negras africanas, foram sistematicamente sequestradas e enviadas de volta à Bélgica por ordem do governo. Muitas acabaram em orfanatos ou com famílias adotivas.

Cerca de 20 mil crianças foram afetadas pela prática. Em muitos casos, os sequestros foram praticados por organizações católicas, o que fez a Igreja Católica pedir desculpas há dois anos.

Em discurso, Michel pediu perdão em nome da Bélgica pela violação dos direitos humanos das crianças e disse que o pedido representa um "passo histórico" no reconhecimento desta parte da história do país.

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Muitos dos meninos e meninas afetados nunca foram reconhecidos pelos pais biológicos e não receberam nacionalidade belga, sendo considerados cidadãos apátridas.

Os deputados belgas aprovaram no ano passado uma resolução pedindo que o governo ajude as crianças afetadas a encontrar suas famílias para conseguir a nacionalidade.

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A ONU também pressiona a Bélgica a pedir perdão pelas ações cometidas na época colonial no Congo, mas isso ainda não ocorreu.

Segundo informações mais recentes, de 10 a 15 milhões de pessoas foram assassinadas durante o período colonial nos países controlados na época pela Bélgica.

A República Democrática do Congo foi colônia belga de 1906 até declarar independência em 1960. Já Burundi e Ruanda foram controlados pelo país europeu por mandato concedido pela Liga das Nações de meados da década de 1920 até o início dos anos 1960.

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