Biden adverte que Rússia cometerá 'um erro incrivelmente grave' se usar armamento nuclear

Moscou acusa a Ucrânia de usar bombas contaminadas com material radioativo; ocidente teme uma escalada militar

26/10/2022 - 08h22 (Atualizado em 20/04/2024 - 05h44)

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou na terça-feira (25) que a Rússia cometerá "um erro incrivelmente grave" se decidir utilizar armas nucleares táticas na guerra contra a Ucrânia.

"A Rússia estaria cometendo um erro incrivelmente grave ao utilizar armas nucleares táticas", disse o mandatário à imprensa.

O governo russo denunciou a possibilidade de a Ucrânia utilizar uma "bomba suja", arma que mistura material radioativo aos explosivos convencionais, no próprio território, para culpar a Rússia pelo uso de armas de destruição em massa e gerar uma resposta dura do ocidente, uma acusação que Kiev rejeitou e que Paris, Washington e Londres veem como um "pretexto para uma escalada militar russa".

Questionado sobre essa possibilidade, o democrata disse não poder assegurar que se trata de uma operação encoberta elaborada para parecer que foi realizada por outro.

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"Não garanto que seja uma operação de bandeira falsa, ainda não, mas seria um grande erro", concluiu.

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Também conhecida como arma radiológica, bomba suja é um explosivo convencional, como a dinamite, enriquecido com material radioativo que se propaga quando explode, seguindo uma doutrina de utilização semelhante à das armas químicas. Apesar de conterem elementos radioativos, as bombas sujas não são armas atômicas.

Diante de tensões políticas, soldados de EUA e Rússia posam juntos para fotos na Síria

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Tanto Washington como Moscou possuem tropas implantadas no território sírio. Ambos apoiam lados opostos da guerra, que ocorre no país desde 2011

A guerra da Rússia na Ucrânia desde fevereiro agravou as tensões geopolíticas com os EUA

Entretanto, as rotas das patrulhas americanas e russas se cruzaram no último sábado (8) de manhã. O encontro aconteceu em um campo de petróleo, perto da cidade de Al-Qahtaniyah, na província de Hasaca, no leste, segundo correspondentes da AFP

Não era a primeira vez que se cruzavam na região controlada pelos curdos. Entretanto, em vez de apenas passarem, desta vez os comboios pararam, e os soldados ficaram lado a lado enquanto conversavam e posavam para fotografias

Segundo os correspondentes, vários soldados trocaram pequenos "patches", emblemas feitos de remendo carregados em seus uniformes, como recordação da interação

Foi um "momento excepcional", disse Samuel Ramani, especialista em Síria. Ele acredita ser um sinal "de que a Rússia e os Estados Unidos ainda querem diminuir o conflito na Síria"

Grande opositor do regime sírio, Washington enviou em 2014 as primeiras tropas para o nordeste da Síria, como parte de uma coalizão para combater o grupo Estado Islâmico

As forças armadas russas, por sua parte, apoiam desde 2015 o governo do presidente Bashar al-Assad, mas não enviaram forças para o nordeste até 2019, após uma invasão turca contra os combatentes curdos

Os canais de desescalada do conflito seguem abertos desde 2015, para evitar qualquer confronto entre russos e americanos

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