Guerra Israel x Hamas

Internacional Biden anuncia que Egito liberou entrada de ajuda humanitária em Gaza

Biden anuncia que Egito liberou entrada de ajuda humanitária em Gaza

Caminhões com centenas de toneladas de alimentos e suprimentos aguardavam permissão para entrar na zona de guerra

  • Internacional | Do R7

Caminhões aguardam no Egito para levar insumos básicos aos palestinos na Faixa de Gaza

Caminhões aguardam no Egito para levar insumos básicos aos palestinos na Faixa de Gaza

Said Khatib/AFP 16/10/2023

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira (18) que o governo do Egito autorizou a entrada de até 20 caminhões de ajuda humanitária em Gaza. Israel vem atacando a Faixa de Gaza repetidamente desde 7 de outubro, quando terroristas do Hamas lançaram o maior ataque da história contra o território israelense e mataram mais de 1.400 pessoas no país, incluindo civis.

Segundo Biden, o presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, autorizou a abertura da passagem de Rafah, fronteira que fica no sul da Faixa de Gaza com a região do Sinai egípcio. Nos últimos dias, caminhões com centenas de toneladas de alimentos e suprimentos formavam uma fila no posto de bloqueio, aguardando a autorização para entrar em Gaza.

É provável que o carregamento não cruze a fronteira até a sexta-feira, já que a estrada que margeia a passagem humanitária necessita de reparos, detalhou Biden.

O presidente americano acrescentou que o Egito "merece muito reconhecimento" por sua ação, e que as Nações Unidas distribuirão a ajuda assim que ela chegar ao território onde vivem 2,3 milhões de pessoas. Biden, no entanto, advertiu que a passagem de Rafah será fechada novamente "se o Hamas confiscar a ajuda humanitária". 

Alívio temporário

A liberação de ajuda humanitária é uma vitória pessoal do mandatário americano, que esteve em Israel hoje e se encontrou com o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Durante o encontro, Biden pediu, e o governo israelense autorizou, a liberação da entrada de ajuda humanitária à população civil da Faixa de Gaza pela fronteira com o Egito.

Biden também deveria se reunir com al-Sissi nesta quarta na Jordânia, mas a reunião foi cancelada depois do bombardeio a um hospital em Gaza, na terça-feira. O ataque, pelo qual palestinos e israelenses se culpam mutuamente, foi condenado pela comunidade internacional e desencadeou protestos em vários países árabes.

Apesar de não sair completamente como planejada, a visita do presidente Joe Biden a Israel nesta quarta-feira também trouxe algum alívio, ao menos por um curto período, ao conflito entre Israel e o Hamas.

Havia o temor de que o ataque no qual centenas de palestinos morreram durante a explosão de um foguete no Hospital Al-Ahli al-Arabi, na Faixa de Gaza, levasse a um aumento da violência dos extremistas islâmicos. A presença de Biden — e de um forte esquema de segurança — adiou essa possibilidade.

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