Israel autoriza entrada de ajuda humanitária para Gaza pela fronteira com o Egito
Filas de caminhões com centenas de toneladas de alimentos e suprimentos se formaram nos últimos dias
Internacional|Do R7, com AFP e Reuters
O governo israelense autorizou nesta quarta-feira (18) a entrada de ajuda humanitária à população civil da Faixa de Gaza através da fronteira com o Egito. Nos últimos dias, caminhões com centenas de toneladas de alimentos e suprimentos formaram uma fila no posto de bloqueio.
"Israel não permitirá suprimentos humanitários em Gaza a partir do lado israelense da fronteira, mas não bloqueará a ajuda que vier do Egito", afirmou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
A liberação ocorre em atendimento a um pedido do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que visitou Israel hoje.
Somente serão autorizados carregamentos que sejam exclusivamente alimentos, água e medicamentos, destinados à população civil no sul da Faixa de Gaza ou que estejam em direção àquela área.
Nada que beneficie o grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, será permitido, afirmou o comunicado do governo. "Qualquer ajuda que chegue ao Hamas será bloqueada."
Israel também exige que a Cruz Vermelha tenha acesso aos cidadãos sequestrados no ataque de 7 de outubro — estima-se que sejam cerca de 200 pessoas.
O Egito afirmou ontem que o cruzamento de Rafah, uma abertura potencialmente vital para suprimentos desesperadamente necessários no enclave palestino sitiado por Israel, não estava oficialmente fechado, mas tornou-se inoperante devido a ataques aéreos israelenses no lado de Gaza.
À medida que os bombardeios de Israel e o cerco a Gaza se intensificaram, os 2,3 milhões de residentes do território ficaram sem eletricidade, levando os serviços de saúde e água à beira do colapso, com o combustível para os geradores de hospitais acabando.
"Existe uma necessidade urgente de aliviar o sofrimento dos civis palestinos em Gaza", disse o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, a repórteres na segunda-feira (16), e acrescentou que as negociações com Israel tinham sido produtivas até aquele momento.