Resumindo a Notícia
- Líderes americano e ucraniano conversaram por telefone nesta quinta (25)
- Governo dos EUA pede que Rússia cesse ocupação da usina
- Biden anuncia o maior pacote militar desde o início do conflito
- Presidente americano parabeniza ucranianos pela resistência contra a Rússia
Central nuclear de Zaporizhzhia está ocupada pelas tropas russas desde o início do conflito
Andrey Borodulin/AFP - 01.05.2022O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversou nesta quinta-feira (25) com o líder ucraniano Volodmir Zelenski sobre a situação em torno da central nuclear de Zaporizhzhia, localizada no sul da Ucrânia e ocupada desde o início de março pelas forças russas.
Em sua coletiva de imprensa diária, a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, revelou que ambos os líderes falaram sobre a usina nuclear, um motivo de preocupação para a comunidade internacional, já que Rússia e Ucrânia se acusam mutuamente dos bombardeios em seus arredores há semanas.
A porta-voz da Casa Branca reiterou os pedidos dos EUA para que a Rússia cesse sua ocupação da usina nuclear e conceda acesso a especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) o mais rápido possível.
"Uma usina nuclear nunca deve ser uma zona de guerra ativa", disse Jean-Pierre.
Segundo a porta-voz, Biden também compartilhou com Zelenski sua admiração pelo povo ucraniano por sua resistência à ocupação russa e o parabenizou pelo 31º aniversário de sua independência da União Soviética, uma data que foi celebrada ontem em meio ao medo de que o Kremlin efetuasse mais ataques.
Em um gesto que coincide com essa celebração, Biden anunciou um novo pacote de ajuda militar à Ucrânia, no valor de US$ 2,98 bilhões, o maior até o momento, medida que também foi abordada pelos dois líderes na conversa de hoje, detalhou Jean-Pierre.
Biden postou no Twitter uma foto de si mesmo sentado à mesa do Salão Oval, na Casa Branca, falando ao telefone com Zelenski.
"Falei com o presidente Zelenski para felicitar a Ucrânia enquanto celebra seu Dia da Independência. Sei que este é um aniversário amargo, mas quero deixar claro que os EUA seguem apoiando a Ucrânia e seu povo enquanto lutam para defender sua soberania", escreveu o governante americano em sua mensagem.
A Rússia iniciou sua invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, e a guerra está atualmente estancada com tropas dos dois países em combates isolados em partes do sul e do leste do país.
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Nesse contexto, os Estados Unidos acreditam que a Rússia esteja se preparando para realizar referendos de independência com o objetivo de consolidar seu controle sobre algumas áreas ocupadas no leste da Ucrânia e advertiram que não reconhecerão a legitimidade de tais consultas.
A Rússia, por sua vez, se distanciou desses referendos, alegando que são ações que estão surgindo por iniciativa própria nos territórios ocupados por suas tropas.
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