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Bilhete em sapato revela, 80 anos depois, identidade de menino morto em Auschwitz

Descoberta ajudou a contar a história de Amos Steinberg, criança judia cuja mãe tentou preservar a identidade após o Holocausto

Internacional|Do R7

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • Um bilhete encontrado em um sapato infantil revelou a identidade de Amos Steinberg, morto em Auschwitz.
  • O bilhete, descoberto em 2022, foi escrito possivelmente por sua mãe, Ida, e estava escondido sob a palmilha do sapato.
  • Amos, nascido em Praga, foi deportado com seus pais para o gueto de Theresienstadt e depois para Auschwitz; seu pai sobreviveu.
  • Agora, o sapato, o bilhete e a mala do pai estão expostos no Museu de Auschwitz-Birkenau, ressaltando a luta da mãe para preservar a identidade do filho.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Bilhete escondido no sapato foi encontrado durante trabalhos de conservação Museu de Auschwitz Divulgação/ Museu de Auschwitz

Um bilhete encontrado dentro de um sapato infantil revelou, 80 anos depois, a identidade de um menino morto no campo de concentração de Auschwitz. O documento, descoberto em 2022 durante um trabalho de conservação no Museu de Auschwitz-Birkenau, trazia o nome “Steinberg Amos, criança, número 5710, nascido em 26 de junho de 1938”.

O sapato pertencia a Amos Steinberg, nascido em Praga, filho de Ida e Ludwig Steinberg. Ele foi deportado com os pais em 1942 para o gueto de Theresienstadt e, em seguida, para Auschwitz. O pai sobreviveu. Amos e a mãe morreram. Acredita-se que o bilhete tenha sido escrito por Ida e colocado dentro do sapato do filho.


A criança Amos Steinberg com seus pais Ludwig (Ludvík) e Ida Divulgação/ Museu de Auschwitz

A restauradora Elżbieta Cajzer, que encontrou o bilhete, contou que o papel estava escondido sob a palmilha. “Quando abrimos o sapato, encontramos um pequeno documento. As letras mal resistiram ao tempo”, disse. O número 5710 ajudou a identificar o menino ao ser associado a uma mala pertencente ao pai, já catalogada no museu.

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Segundo o diretor do arquivo do museu, Wojciech Płosa, a descoberta permitiu reconstruir parte da história da família. “Temos um nome e uma data de nascimento. Isso basta para trazer aquela família de volta, mesmo que por apenas um instante”, afirmou.


O sapato, o bilhete e a mala do pai estão agora expostos juntos no Museu de Auschwitz-Birkenau. Para o porta-voz da instituição, Marcin Barcz, o achado mostra a tentativa de uma mãe de preservar a identidade do filho. “Ela queria que ele não fosse esquecido, acontecesse o que acontecesse”, disse.

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