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Bolívia: Polícia mata mais um ao liberar distribuidora de combustível

Policiais usaram armas letais contra manifestantes que faziam piquete em distribuidora de gás e gasolina na localidade de Senkata, em El Alto

Internacional|Do R7

Mulher chora diante da polícia: Ação em Senkata deixou mais um morto na Bolívia
Mulher chora diante da polícia: Ação em Senkata deixou mais um morto na Bolívia

Um homem foi morto e pelo menos outras cinco pessoas foram feridas a bala depois de a Polícia Nacional da Bolívia abrir fogo contra manifestantes que tentavam impedir a saída de um comboio de caminhões com combustíveis de uma distribuidora na cidade de San Antonio de Senkata.

O grupo de manifestantes contrários ao governo autodeclarado de Jeanine Añez mantinha um piquete na Planta Distribuidora de Senkata da YPFB (estatal petroleira da Bolívia) há dois dias.

A ação policial buscava garantir a saíde de caminhões-tanque com gasolina e outros com botijões de gás para abastecer a capital, La Paz. Os manifestantes foram dispersados com gás pimenta e tiros de bala de borracha.

Quando os caminhões estavam para deixar a distribuidora, um grupo tentou invadir o pátio. Relatos da mídia local diz que eles chegaram a derrubar um pedaço do muro.


A polícia revidou com tiros, alvejando ao menos seis pessoas. O homem identificado como Deybi Posto Cusi, 31, morreu no local, enquanto era atendido por um médico voluntário.

Médico diz que também foi alvejado


Em entrevista ao jornal local Página Siete, o médico diz que Deybi foi atingido por dois tiros, um no peito e outro na barriga.

Ele relata que seria muito difícil fazer algo pela vítima, mas que sequer conseguiu atendê-lo, já que a polícia seguiu disparando, inclusive em direção às equipes médicas. Os tiros disparados contra o médico, diz ele no vídeo publicado no Twitter, atingiram a parede.


Mortos na Bolívia chegam a 24

Com a confirmação desta morte, chegam a 24 as vítimas fatais registradas nos confrontos na Bolívia, em protestos que se seguiram às eleições de 20 de outubro, que apontaram a reeleição de Evo Morales para seu quarto mandato, mas foram questionadas por indícios de fraude.

Morales renunciou à Presidência da Bolívia em 9 de novembro, depois de a oposição recusar proposta de convocação de novas eleições e a polícia e as Forças Armadas sugerirem que o então presidente deixasse o cargo.

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