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Bolívia: presidente Morales registra candidatura para 4º mandato

Registro se dá meses após Justiça boliviana acabar com limite para mandatos consecutivos. Medida foi criticada por opositores e colegas de partido

Internacional|Ana Luísa Vieira, do R7, com Reuters

Morales afirmou que reeleição representa continuidade do socialismo
Morales afirmou que reeleição representa continuidade do socialismo

O presidente da Bolívia, Evo Morales, registrou nesta quarta-feira (28) sua candidatura para disputar uma nova eleição, meses após a Justiça boliviana acabar com o número máximo de mandatos consecutivos país. Se eleito novamente, Morales continuará na presidência até 2015. As informações são da agência de notícias Reuters.

Junto com os apoiadores, Morales foi até o órgão eleitoral da Bolívia afirmando que sua reeleição em 2019 representaria a continuidade do socialismo no país, que viu as taxas de pobreza caírem significativamente nos últimos anos.

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Morales, um ex-produtor de coca que governa o país desde 2006, inicialmente acatou o resultado de um referendo em 2016 — quando 51% da população rejeitou sua proposta para acabar com o limite para mandatos consecutivos. Mas em seguida voltou atrás na decisão, dizendo que, embora fosse deixar a presidência, seus apoiadores o pediram para ficar.

No último ano, o Movimento para o Socialismo, ao qual pertence Morales, pediu aos tribunais que rescindissem os limites legais que antes impediam os políticos no poder de buscar a reeleição indefinidamente. A medida foi criticada pela oposição e mesmo pelos membros de sua própria legenda, que o compararam ao presidente venezuelano Nicolás Maduro.


O deputado Rafael Quispe e a líder camponesa Juana Calle também registraram seus nomes para representar o Movimento para o Socialismo nas próximas eleições, contra a candidatura de Morales.

Historicamente instável em termos econômicos, a Bolívia vem aproveitando um período de relativa calma e prosperidade sob a liderança de Morales — primeiro presidente indígena na história do país. Os índices de aprovação de Morales, crítico ferrenho do capitalismo e aliado do venezuelano Nicolás Maduro, giram em torno de 50%.

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