Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Boris Johnson não apoiará nenhum dos 11 candidatos a sua sucessão

Primeiro-ministro britânico afirmou que não gostaria de prejudicar as chances de ninguém ao oferecer seu apoio

Internacional|Do R7


Boris Johnson renunciou ao cargo de primeiro-ministro na última quinta-feira
Boris Johnson renunciou ao cargo de primeiro-ministro na última quinta-feira

O primeiro-ministro britânico Boris Johnson declarou, nesta segunda-feira (11), que não apoiará nenhum dos 11 candidatos que aspiram a substituí-lo na liderança do Partido Conservador, em uma corrida travada em torno da pressão fiscal cuja agenda deve ser anunciada ao longo do dia.

"Eu não gostaria de prejudicar as chances de ninguém oferecendo meu apoio", disse Johnson em sua primeira aparição pública desde que renunciou, na quinta-feira (7), após uma sucessão de escândalos.

Depois de passar o fim de semana em Chequers, residência de campo dos primeiros-ministros, Johnson assegurou estar "determinado a continuar com o mandato que nos foi confiado" e disse que o próximo chefe de governo terá "um programa muito bom".

"Mas meu trabalho é, acima de tudo, supervisionar os procedimentos nas próximas semanas", acrescentou.

Publicidade

Johnson permanecerá à frente do governo até que seu sucessor seja escolhido.

A ministra do Interior, Priti Patel, pode anunciar ao longo do dia sua candidatura para suceder-lhe na liderança do Partido Conservador, com maioria na Câmara dos Comuns e, portanto, em Downing Street.

Publicidade

No último domingo (10), a ministra das Relações Exteriores, Liz Truss, de 46 anos, juntou-se à lista de candidatos, que inclui o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak, de 42 anos, e o ex-ministro da Saúde Sajid Javid, de 52 anos.

Leia também

Na terça-feira (5), ambos anunciaram quase simultaneamente sua renúncia ao cargo, provocando uma onda de demissões que desferiu o golpe fatal em Johnson.

Publicidade

Entre os 11 candidatos para suceder ao atual primeiro-ministro, também estão a secretária de Estado do Comércio Exterior, Penny Mordaunt, de 49 anos, e o novo ministro das Finanças, Nadhim Zahawi, de 55 anos.

Zahawi já teve sua candidatura prejudicada pela revelação na imprensa de que há uma investigação fiscal sobre ele. O ministro afirmou que há uma campanha para "sujar" seu nome e prometeu publicar sua declaração de imposto de renda todos os anos se for eleito primeiro-ministro.

Não há um favorito claro.

Impostos

Em um país que sofre com uma inflação de 9,1%, a maioria dos candidatos se apressou em defender uma série de cortes de impostos, sem explicar, porém, como financiá-los.

Truss prometeu agir "desde o primeiro dia". Já Rishi Sunak alertou para "contos de fadas que são reconfortantes, mas vão piorar as coisas para nossos filhos amanhã".

A principal formação da oposição, o Partido Trabalhista, estima que os anúncios combinados dos candidatos tenham somado cerca de 200 milhões de libras (perto de R$ 1,3 bilhão).

O comitê de 1922, responsável pela organização interna dos conservadores, deve especificar o calendário e as modalidades da disputa nesta noite.

Os candidatos provavelmente terão de provar que têm o apoio de 36 candidatos para passar para o segundo turno, conforme disse o secretário-executivo do comitê, Bob Blackman, em entrevista à emissora Sky News.

Sunak é o único candidato com esse apoio, segundo uma contagem do site Politico, e é um dos favoritos, juntamente com Penny Mordaunt e Liz Truss, de acordo com as primeiras apostas.

O período de proposição de candidaturas se encerra na noite de terça-feira (12). As votações podem começar logo depois, deixando apenas dois finalistas quando o recesso parlamentar começar, em 22 de julho.

A Sky News anunciou um debate entre os candidatos em 18 de julho, e os finalistas terão algumas semanas para fazer campanha.

O objetivo é que a votação final para eleger o novo chefe do Partido Conservador ocorra até setembro.

Na semana passada, Johnson deixou claro que seu governo, reconstruído às pressas após dezenas de renúncias em 48 horas, não tentaria implementar novas políticas nem fazer grandes mudanças.

As principais decisões orçamentárias serão deixadas para o próximo primeiro-ministro.

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.