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Brasil assina acordo internacional para apoiar jovens vítimas de violência sexual

Projeto irá ajudar outros países a estimular a inclusão social dos jovens com educação e trabalho

Internacional|Do R7

Babatunde Osotimehin, Antonio Patriota e Jair Meneguelli em Nova York
Babatunde Osotimehin, Antonio Patriota e Jair Meneguelli em Nova York

O governo brasileiro assinou na terça-feira (27) um acordo de cooperação internacional para apoiar adolescentes e jovens de países em desenvolvimento que sofreram violência sexual.

A iniciativa tem como objetivo expandir o alcance do programa ViraVida, que tem como objetivo estimular a inclusão social de jovens vítimas de violência sexual por meio da educação e do trabalho. O ViraVida já existe em 25 cidades brasileiras e em El Salvador.

O foi assinado na sede das Nações Unidas, em Nova York, nos Estados Unidos, pelo representante permanente do Brasil junto à ONU, o embaixador Antonio Patriota, o subsecretário geral e diretor executivo do Fnuao (Fundo de População das Nações Unidas), Babatunde Osotimehin, e o presidente do Conselho Nacional do Sesi (Serviço Social da Indústria), Jair Meneguelli.

“O estudo de impacto do projeto realizado em 2012 constatou que o ViraVida proporciona excelentes resultados econômicos e sociais para seus participantes, famílias, indústria, comércio e comunidades”, disse Jair Meneguelli, presidente do Conselho Nacional do Sesi.


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A partir do acordo, a FNUAP disponibilizará aos países interessados, como Índia, África do Sul, México, Colômbia e Congo, que participaram do evento em Nova York, os conhecimentos técnicos desenvolvidos pelo ViraVida para aplicações em seus respectivos programas sociais dirigidos a jovens e adolescentes.

“Apesar de sabermos que a violência sexual é um problema geral, estamos trabalhando com países que expressaram interesse em enfrentar essa questão”, declarou o coordenador da Área de Gênero, Direitos Humanos e Cultura da FNUAP, Luis Mora.


Projeto ViraVida

Ao longo de seis anos, mais de 4.000 jovens e adolescentes, com idade entre 14 e 24 anos, foram matriculados no programa ViraVida.

São atendidos meninas e meninos de famílias de baixa renda, que residem nas periferias de grandes centros e têm sua história de vida marcada por experiências relacionadas à violência física e psicológica, gravidez precoce e dependência química.

Os cursos realizados combinam formação profissional e educação básica, com abordagem de temas como cidadania, saúde, doenças sexualmente transmissíveis, cuidados com o corpo, orçamento familiar e direitos, dentre outros.

Além disso, garante atendimento integral aos alunos, incluindo tratamento médico e odontológico, orientação jurídica e atendimento psicossocial, que também se estendem às famílias.

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