Brasileiros em Gaza já deixaram escola e seguem em ônibus em direção ao Egito

Grupo já tem segurança garantida para seguir em direção ao sul do território palestino

14/10/2023 - 08h47 (Atualizado em 20/04/2024 - 04h20)

Os brasileiros que estavam numa escola em Gaza embarcaram no ônibus enviado para resgatá-los e chegaram há pouco à cidade de Khan Yunis, mais ao sul da região, de onde irão para a fronteira com o Egito. No Cairo, um avião vai levá-los de volta para o Brasil.

A saída dos brasileiros — homens, mulheres e crianças — da escola em que estavam abrigados sofreu um atraso na manhã deste sábado (14) porque não havia segurança para o trajeto, devido aos intensos bombardeios. Por isso, houve a necessidade de cancelar a remoção.

Por volta das 14h (horário local, 8h no Brasil), os brasileiros pegaram a estrada após o Exército de Israel garantir que havia segurança para o veículo percorrer o trajeto. O ônibus chegou há poucos minutos a Khan Yunis pela estrada de Salah Al-Di, uma das principais de Gaza. O percurso durou cerca de uma hora.

O ônibus com os brasileiros está agora a cerca de 10 km da fronteira com o Egito, que permanece fechada neste momento. Enquanto isso, o grupo ficará acomodado em Khan Yunis, num prédio que pertence a uma família do Brasil. Nesse local já estão outros brasileiros, que também aguardam para deixar Gaza.

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No total, há 22 brasileiros nessa operação de resgate do Itamaraty. Dezesseis estavam na escola e há ainda mais 12 pessoas que moram em Khan Yunis. Ainda segundo o órgão do Brasil, há uma negociação neste momento com o governo do Egito para garantir a entrada dos brasileiros no país.

Não se sabe ainda quando a fronteira com o Egito será aberta, provavelmente isso não acontecerá neste sábado. O avião do Brasil, que está em Roma, partirá para o Cairo apenas quando a fronteira com Gaza for reaberta.

Milhares de palestinos deixaram nesta sexta-feira (13) o norte da Faixa de Gaza, depois que Israel lhes advertiu para que saíssem da região antes de uma possível operação terrestre em resposta ao ataque lançado pelo grupo terrorista Hamas, o mais letal da história desde a fundação do país

O aviso para a retirada de 1,1 milhão de habitantes — quase a metade da população desse território de 362 km² — foi dado na manhã desta sexta-feira, por meio da distribuição de panfletos em árabe, lançados de aviões israelenses

Desde o início dos confrontos, em 7 de outubro, após um sangrento ataque do Hamas, mais de 1.300 pessoas morreram em Israel, em sua maioria civis. Entre os mortos, há também pelo menos 258 soldados israelenses, segundo o Exército

Os bombardeios de Israel contra Gaza em represália aos ataques do grupo terrorista causaram, por sua vez, quase 1.800 mortos, de acordo com o Ministério da Saúde palestino. Em Israel, o ataque do Hamas deixou 1.300 mortos, a maioria civil

O Exército israelense pediu "a retirada de todos os civis" da cidade de Gaza, no norte do território, em direção ao sul, "para sua própria segurança e proteção"

O Hamas rechaçou "a ameaça dos líderes da ocupação [israelense] e os pedidos para que deixassem suas casas e fugissem para o sul ou o Egito"

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