Cafés e restaurantes da Grécia retomam atividades após 6 meses
Ocupação das mesas é limitada a seis pessoas e estabelecimentos devem fechar às 23h para cumprir toque de recolher
Internacional|Da AFP
Os cafés e restaurantes de toda Grécia retomaram suas atividades nas áreas abertas nesta segunda-feira (3), após seis meses de fechamento.
No bairro luxuoso de Kolonaki na capital Atenas, as áreas abertas de vários estabelecimentos estavam com muitos clientes, depois da celebração da Páscoa ortodoxa.
No café Da Capo, Andreas Riminiotis celebrava o retorno a "uma vida normal".
"Antes do fechamento dos cafés em novembro, eu vinha aqui todas as manhãs para tomar meu café e conversar com meus amigos. Era meu passatempo favorito, meu remédio para todas as minhas preocupações", explica o aposentado, que recebeu a segunda dose da vacina da Pfizer contra a covid-19 há algumas semanas.
"Hoje me sinto como se estivesse vivo de novo, como se tivesse ressuscitado", brincou, em referência à Páscoa ortodoxa celebrada na Grécia no fim de semana.
Para o garçom Yannis Karagiannakis, também é um alívio retornar ao trabalho.
"Estava há seis meses sem trabalhar, andava em círculos, estava deprimido", relata.
Ao menos 330 mil pessoas trabalham no setor de restaurantes no país.
O presidente do sindicato de restaurantes, Yorgos Kavvathas, afirmou que dezenas de restaurantes, bares e cafeterias fecharam no último ano no centro de Atenas e Salônica.
Seis a cada 10 estabelecimentos estão ameaçados de fechamento.
"20% dos estabelecimentos não têm áreas abertas", disse Kavvathas, preocupado com a sobrevivência destes locais.
A retomada das atividades nas áreas abertas nesta segunda-feira acontece com medidas estritas: os funcionários devem fazer exames uma vez por semana e usar máscara.
A ocupação das mesas é limitada a seis pessoas e os estabelecimentos devem fechar às 23h00 para cumprir o toque de recolher em vigor.
A Grécia pretende gastar 11,6 bilhões de euros este ano para compensar os efeitos da pandemia, depois dos € 24 bilhões do ano passado.
O país registrou 345.000 casos de coronavírus e mais de 10.400 mortes em uma população de 10,8 milhões de habitantes.