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Caixa de supermercado é acusado de enganar e matar cliente milionária

Idosa e homem mantinham relação de ‘amizade’ que durou por três anos antes do sumiço da vítima

Internacional|Larissa Crippa*, do R7

A mulher foi vista com vida pela última vez em agosto de 2021
A mulher foi vista com vida pela última vez em agosto de 2021

Um trabalhador de uma rede famosa de supermercados na Europa está sendo julgado pelo possível assassinato de Norma Girolami, de 70 anos, que estava ‘desaparecida’ até o final do ano passado.

Em 19 de agosto de 2021, a Sra. Girolami viajou de sua casa em Highgate, norte de Londres, para um dia em Leigh-on-Sea, em Essex, e nunca mais foi vista. No final de 2022, os restos mortais da mulher foram encontrados em um cemitério na capital da Inglaterra.

Após meses de investigação, a polícia concluiu que a teoria mais concreta apontava para Serkan Kaygusuz, 42, que a idosa tinha conhecido em uma festa de piscina anos atrás. Testemunhas presentes no dia afirmaram que Norma ficou muito lisonjeada com os avanços do homem, que agia de maneira galanteadora com ela.

Não demorou muito para o flerte evoluir para uma relação parasitária, e enquanto Norma estava viva, o homem conseguiu extorquir o equivalente a R$ 1,8 milhão da idosa. A polícia acredita que quando ela decidiu parar de mandar, Serkan a matou.


Segundo informações do jornal britânico DailyStar, depois de assassinar a vítima, o criminoso se apossou de suas contas e redes sociais, fazendo parecer que Girolami ainda estava viva.

"Ele assumiu as contas bancárias e de cartão de crédito dela, estabelecendo serviços bancários on-line nelas, algo que Norma nunca havia feito, então solicitou segundas vias de cartões e fez diversas transferências para suas contas pessoais ou sacar em espécie.", explicou a promotora Jocelyn Ledward, responsável pelo caso.


"Ele escolheu seu alvo com cuidado, Norma estava relativamente bem de vida e tinha um bom histórico com os bancos que ela usava, os algoritmos nunca hesitavam em aprovar empréstimos para ela”, contou Ledward.

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Um exame post-mortem encontrou ferimentos em ambos os lados do peito da Sra. Girolami, fraturas nas costelas e hematomas "consistentes com agressão de terceiros". Seu corpo estava embrulhado em plástico e presos com fita isolante e uma mordaça, que a polícia consegiu provar que havia sido comprada por meio da conta do réu na Amazon.


No tribunal, as autoridades responsáveis pelo caso pontuam diversas acusações contra Kaygusuz. Existem registros de dois empréstimos de R$ 221 mil e R$ 158 mil em nome de Norma quando esta já estava morta. Além disso, o homem tentou roubar a fortuna da vítima e a casa de $ 5,6 milhões de reais que ela morava em Highgate, norte de Londres.

Fora a extorsão, tentativa de roubo e o assassinato, o homem também deve responder por ocultação de cadáver e falsidade ideológica, já que assumiu o controle dos dispositivos eletrônicos de Norma, se passando pela idosa por meses.

Para a promotora do caso, o maior erro do acusado foi “julgar mal até que ponto os amigos e primos de Norma se importavam com ela, e quão bem eles a conheciam”

Detalhes do caso, como a maneira exata que Norma foi assassinada ou o depoimento completo de Serkan, ainda não foram divulgados, mas até então, Kayguscz admitiu que ocultou o corpo e que roubou as chaves chaves da casa, além de cartões bancários e joias.

Ele também se declarou culpado de três acusações de fraude relacionadas aos empréstimos rastreados até sua conta. O julgamento continuará esse ano.

*Estagiária do R7, sob supervisão de Odair Braz

Fotos registram os momentos comoventes dos resgates na Turquia e na Síria

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