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Camarões lidera lista de crises esquecidas no mundo, aponta ONG

Conflito separatista no país africano é apontado por uma organização norueguesa como crise mais grave esquecida pela comunidade internacional

Internacional|Da EFE

Crise na República Democrática do Congo é 2ª na lista
Crise na República Democrática do Congo é 2ª na lista

O conflito entre as regiões anglófonas e o governo central de Camarões lidera neste ano a lista da ONG Conselho Norueguês para os Refugiados (NRC) de crises mais esquecidas no mundo, na qual os países africanos são maioria.

"A comunidade internacional está dormindo ao volante quando se trata da crise em Camarões", considerou o secretário-geral da organização, Jan Egeland.

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Nas regiões do sudoeste e do noroeste de Camarões, que foram colônias britânicas, o movimento separatista cresceu nos últimos tempos, desembocando em um conflito armado no último ano e meio contra a repressão do governo.


O saldo é de quase 500 mil deslocados, centenas de mortos, centenas de povoados incendiados e o fechamento de colégios por meses na região, o que afeta quase 800 mil crianças.

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"Esta cultura de paralisia por parte da comunidade internacional tem que acabar. A cada dia que é permitida a continuação do conflito, a amargura se acumula, e a região se aproxima ainda mais da guerra", advertiu.


No segundo lugar desta lista anual aparecem os conflitos na República Democrática do Congo, que no ano passado ficou em primeiro posto, e em terceiro, os da República Centro-Africana.

Além disso, a Venezuela apareceu pelo segundo ano consecutivo na lista, desta vez na sexta posição.


"Uma combinação de crise socioeconômica aguda e a falta de soluções políticas levaram à deterioração das condições dentro da Venezuela em 2018 e aos movimentos populacionais em grande escala", disse o "NRC" no relatório.

Cerca de 7 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária no país, e quase 4 milhões de venezuelanos padeceram de desnutrição em 2018, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), citada no estudo.

"O jogo político na Venezuela recebeu muita atenção e muitos países se interessaram em como evolui. No entanto, os envolvidos até agora mostraram pouca vontade de compromisso", acrescentou o documento.

Alguns países reapareceram nesta lista, como os anteriormente citados, além de Etiópia (nono posto), Palestina (décimo) e Burundi (quarto), enquanto outros como o Sudão do Sul, Mianmar, Iêmen e Nigéria saíram.

A Ucrânia também entrou na lista e ocupa a quinta posição por seguir "sem uma solução real" em seu sexto ano de conflito armado, assim como Mali (sétimo), pelas tensões suscitadas entre comunidades e a Líbia (oitava), onde uma em cada dez pessoas necessitam de assistência humanitária após anos de instabilidade política.

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