Presidente de Camarões é reeleito, mesmo com acusações de fraude
Paul Biya, no poder há 36 anos, foi reeleito para mais um mandato de 7 anos, mesmo após a oposição alegar fraude durante a votação, que aconteceu dia 7
Internacional|Do R7

O presidente de Camarões, Paul Biya, conseguiu se reeleger com grande vantagem, disse o Tribunal Constitucional nesta segunda-feira (22), ampliando um período que já dura 36 anos no poder, em meio a alegações de fraude na votação do último dia 7, feitas pela oposição.
Sua vitória pode ser ofuscada por uma rebelião secessionista nas regiões noroeste e sudoeste anglófonas na qual centenas já morreram em combates entre o Exército e milícias, inclusive civis.
Ao 85 anos, Biya é o líder mais antigo da África subsaariana. A vitória lhe dá mais sete anos no poder e consolida seu lugar entre os governantes africanos a ficarem mais tempo no cargo. Muitos camaroneses só conheceram um presidente.
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Ele obteve 71 por cento dos votos, mas candidatos oposicionistas disseram que a eleição foi maculada pela prática de vários votos por eleitor e pela intimidação. Na semana passada o Tribunal Constitucional rejeitou todas as 18 petições de denúncia de fraude.
Os resultados oficiais desta segunda-feira mostraram Biya vencendo com larga vantagem em nove de 10 regiões, e o anúncio de seu triunfo foi recebido com salvas e gritos na Assembleia Legislativa. Nas regiões sul e leste ele venceu com 90 por cento dos votos. Seu adversário mais próximo, Maurice Kamto, recebeu 14 por cento dos votos.
O anúncio veio após uma quinzena de tensão no país produtor de café e petróleo onde, apesar de um crescimento econômico constante acima de 4 por cento ao ano desde a última eleição, a maioria vive na pobreza. Kamto declarou sua própria vitória em 8 de outubro com base nos números de sua campanha.
Nos últimos dias a polícia reprimiu marchas da oposição na cidade portuária de Douala, onde Kamto é popular.
Veja abaixo imagens dos conflitos durante a votação do último dia 7
Dezenas de milhares de camaroneses deslocados por uma sangrenta insurgência separatista nas regiões Noroeste e Sudoeste de Camarões. Os cidadãos de língua inglesa, em um país que fala oficialmente francês, se viram sem lugar para votar na eleição presi...
Dezenas de milhares de camaroneses deslocados por uma sangrenta insurgência separatista nas regiões Noroeste e Sudoeste de Camarões. Os cidadãos de língua inglesa, em um país que fala oficialmente francês, se viram sem lugar para votar na eleição presidencial deste domingo (7)















