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Candidata derrotada em Belarus pede libertação de liderança opositora

Comitê de Fronteira de Belarus confirmou a detenção de opositora, que foi abordada  na região central de Minsk e levada para um destino desconhecido

Internacional|Da EFE

Comitê de Fronteira de Belarus confirmou a detenção de Maria Kolesnikova
Comitê de Fronteira de Belarus confirmou a detenção de Maria Kolesnikova

Candidata derrotada nas recentes eleições presidenciais de Belarus, Svetlana Tsikhanovskaya, exigiu nesta terça-feira (8) que o governo do país liberte a líder do movimento de protestos no país e membro do grupo de transição política, Maria Kolesnikova, que foi detida em Minsk.

"Deve ser colocada em liberdade imediatamente, como todos os membros do Conselho Coordenador e os presos políticos detidos anteriormente", afirmou a concorrente no pleito vencido pelo atual chefe de governo, Alexander Lukashenko, que está exilada na Lituânia, por meio da assessoria de imprensa.

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Tsikhanovskaya destacou que existe hoje no país um grupo que visa fazer uma transição pacífica no poder em Belarus, já que o atual presidente está no poder desde a independência do país, que fazia parte da antiga União Soviética.

"A tarefa do Conselho Coordenador é ser uma plataforma para as negociações. Não há outra solução e Lukashenko deve se dar conta disso. Não se pode deter as pessoas como refém. Ao sequestrar pessoas em plena luz do dia, Lukashenko demonstra sua fraqueza e medo", garantiu a candidata derrotada.


Confirmação de detenção

O Comitê de Fronteira de Belarus confirmou a detenção de Kolesnikova, que foi abordada por um grupo de mascarados na região central de Minsk e levada para um destino desconhecido em um microônibus.

O vice-ministro do Interior da Ucrânia, Anton Gueraschenko, escreveu hoje no Facebook que a ativista seria "expulsa forçadamente" de Belarus junto com dois outros membros do Conselho Coordenados, Anton Rodnenkov e Ivan Kravtsov, que também foram dados como desaparecidos ontem.


Ambos, de acordo com o serviço de patrulha fronteiriça da Ucrânia, estão no país.

Uma fonte da agência de notícias Interfax-Ucrania indicou que Kolesnikova e os outros dois ativistas foram levados em um automóvel para a Ucrânia, mas ela não conseguiu ser retirada do país de origem porque rasgou o próprio passaporte.


"Não a conseguiram expulsar de Belarus. Essa valente mulher tomou medidas para impedir o cruzamento da fronteira. Ela ficou no território da República de Belarus", garantiu Gueraschenko.

Líder da oposição

Kolesnikova, presidente do Conselho Coordenador, era a única das três mulheres que se opuseram a Lukashenko que permanecia em Belarus, já que Tsikhanovskaya, após as eleições, partiu para a Lituânia, onde também está Veronika Tsepkalo.

Essa última, coordenadora da campanha do marido, Valeri Tsepkalo, repetiu os passos dele e também deixou o país.

Atualmente, dos sete integrantes do Conselho Coordenador, apenas dois não foram presos, o jurista Maxim Znak, e a escritora Svetlana Alexievich, prêmio Nobel de Literatura.

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