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Candidato governista, Sergio Massa tenta convencer argentinos de que pode resolver crise econômica

Argentina registrou Inflação de 140% nos últimos 12 meses; 40% da população tem dificuldade para comprar produtos básicos

Internacional|Do R7

Sergio Massa participa de debate presidencial
Sergio Massa participa de debate presidencial

O peronista de centro-esquerda Sergio Massa, de 51 anos, busca neste domingo (19) virar o jogo e derrotar o candidato ultraliberal Javier Milei, no segundo turno da eleição presidencial argentina, a mais disputada dos últimos 40 anos. 

Atual ministro da Economia e apontado como um dos responsáveis pela crise econômica mais grave das últimas décadas na Argentina, Massa aparecia tecnicamente empatado com Milei nas últimas pesquisas eleitorais. 

Esta é a segunda vez que Massa concorre à Presidência — a primeira foi em 2015, quando saiu derrotado. Desta vez, a campanha do político tem como base sua gestão à frente do Ministério da Economia — apesar de a Argentina ter registrado inflação de cerca de 140% nos últimos 12 meses.

Massa argumenta que assumiu o ministério em um momento complicado, após abruptas renúncias dos seus antecessores Silvina Batakis e Martín Guzmán. Além disso, ele se apresenta como bom negociador e destaca que busca conversar com diversos setores e fez acordos com empresários, sindicatos e com o FMI (Fundo Monetário Internacional).


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Apesar disso, a inflação é a principal preocupação dos argentinos e o ponto fraco de Massa. A população se vê obrigada a recorrer cada vez mais aos mercados de roupas de segunda mão, enquanto encontra dificuldade para comprar produtos básicos. Hoje, dois quintos das pessoas do país vivem na pobreza.

Massa, que é advogado de formação, tem demonstrado habilidade ao apresentar as dificuldades do governo como se fossem grandes conquistas, tática que tem funcionado entre seus apoiadores.

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Segundo o jornalista Diego Genoud, biógrafo não autorizado de Sergio Massa, "ele improvisa de forma constante e suas promessas não são cumpridas". Apesar disso, ele "sempre passa a ideia de que está no controle da situação e que encontrará uma saída". Esta é uma habilidade que seus rivais criticam.

"Ele é um cara perigoso justamente pela capacidade de iludir as pessoas", afirmou o deputado da oposição Fernando Iglesias. "É capaz de fazer um discurso com uma naturalidade e eficácia discursiva que faz com que acreditemos nele, mesmo que sejamos totalmente contrários aos fatos. Tendemos a acreditar em Massa."

Vida pessoal e carreira política

Massa nasceu e cresceu na periferia da província de Buenos Aires e começou no partido liberal Ucedé (União do Centro Democrático), no fim dos anos 1990. Em meados da década de 1990, voltou sua militância para o peronismo bonaerense com a ajuda das líderes políticas Cristina Camaño e Marcela Durrieu, sua sogra. Marcela apresentou Massa à filha dela, Malena Galmarini, com quem ele se casou e teve dois filhos.

Massa deu o salto para a política nacional em 2013, quando fundou o Frente Renovador (FR), partido peronista que se apresentou como uma alternativa ao governo de Cristina Kircher (2007-2015), de quem foi chefe de gabinete e que hoje o apoia novamente. Antes de criar o partido, entre 2007 e 2008, e depois entre 2011 e 2015, foi prefeito da cidade de Tigre, nos arredores de Buenos Aires, pela aliança da então presidente Kirchner.

Alguns anos depois, Massa se distanciou de Kirchner e chegou a afirmar que "Cristina é o passado" ou que "ela deveria estar presa". Em 2019, voltou a se aliar à ex-presidente, eleita vice-presidente naquele ano. De acordo com o jornalista Diego Genoud, é difícil encontrar "consistência" no discurso de Massa.

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