Casal britânico teria matado filha de apenas 10 semanas, diz tribunal
Pais teriam tirado a vida da criança após assistente social dizer que ela precisava ser cuidada longe deles
Internacional|Maria Cunha*, do R7
Um casal britânico teria assassinado sua bebê. Eles teriam cometido o assassinato depois que souberam que medidas estavam sendo tomadas para que ela fosse cuidada longe deles. Ambos eram suspeitos de negligência, e o caso está sendo julgado num tribunal britânico.
A pequena Lily-Mai Saint George tinha apenas 10 semanas de idade quando seus pais, Lauren Saint George e Darren Hurrell, ambos com 25 anos, supostamente a sacudiram até a morte em Londres, no Reino Unido.
Lily-Mai nasceu prematuramente em novembro de 2017 e passou os primeiros dois meses de sua vida no Hospital Barnet.
A criança foi liberada aos cuidados dos pais em 25 de janeiro de 2018, depois que os serviços sociais do Conselho de Haringey disseram que não seria possível acompanhar a criança. A decisão, apesar disso, foi contra o parecer do conselho da equipe do hospital, que temia negligência dos pais.
Também foi informado que a assistente social Theresa Ferguson, uma semana depois, disse ao casal que Lily-Mai teria que ir para uma unidade residencial.
Naquela noite, Lauren fez uma ligação para a emergência dizendo que sua filha havia parado de respirar e não respondia. A bebê morreu no Hospital Infantil Great Ormond Street, em 2 de fevereiro do mesmo ano.
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Uma autópsia descobriu que ela morreu de um grave ferimento na cabeça e também sofreu 18 fraturas nas costelas, duas fraturas na perna direita e hematomas graves.
Todas essas lesões foram consideradas recentes. Contusões também foram descobertas no corpo da bebê de natureza consistente com impacto ou aperto.
O tribunal ainda ouviu que os médicos do hospital tinham demonstrado preocupação com o destino da bebê duas semanas antes, mas foram informados de que nada poderia ser feito.
No dia anterior ao da liberação da criança, a assistente social ficou preocupada com ela e fez um encaminhamento para uma "reunião de entrada legal", o primeiro passo para intervir nos cuidados de Lily-Mai.
A profissional acabou saindo de férias após iniciar a medida e, quando visitou a criança novamente, em 31 de janeiro, a mãe ficou furiosa.
A promotora do caso disse ao tabloide britânico Daily Mail que quase todos os profissionais do hospital “expressaram sua preocupação com a capacidade dos pais de atender às necessidades emocionais, de desenvolvimento e físicas da bebê".
Darren Hurrell e Lauren Saint George, ambos de 25 anos, negam assassinato, homicídio culposo e crueldade.
O julgamento de ambos continua.
* Estagiária do R7, sob supervisão de Celso Fonseca