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Caso Odebrecht: juiz decreta prisão provisória de mexicano envolvido

Emilio Lozoya foi alvo de um mandado de prisão internacional por seu suposto envolvimento com a Odebrecht. Ele foi diretor da Pemex

Internacional|Da EFE

Lozoya teria adquirido um imóvel com recursos de atividade ilegal
Lozoya teria adquirido um imóvel com recursos de atividade ilegal

Um juiz do Tribunal Nacional da Espanha emitiu nesta quinta-feira (13) um mandado de prisão provisória para o ex-diretor da estatal Petróleos Mexicanos (Pemex). Emilio Lozoya foi detido ontem na cidade espanhola de Málaga e acusado de envolvimento no esquema de propinas da Odebrecht.

O juiz colheu o depoimento de Lozoya por videoconferência - ele ainda não foi transferido para Madri - e depois decidiu pela prisão por causa de um suposto "risco de fuga", já que o acusado não tem raízes na Espanha e dada a seriedade da penalidade que pode ser imposta, de 15 anos de prisão.

O México, que agora tem 45 dias para registrar o pedido de extradição, atribui a Lozoya o crime de "operar com recursos de origem ilícita", o que corresponderia à lavagem de dinheiro do Código Penal espanhol. Além disso, o país norte-americano processa o ex-diretor em US$ 280 milhões por fraudes.

Emilio Lozoya, que foi alvo de um mandado de prisão internacional por seu suposto envolvimento com a Odebrecht, foi diretor da Pemex entre 2012 e 2016, durante governo do presidente Enrique Peña Nieto, e estava foragido desde maio de 2019.


Prisão

Preso ontem em um condomínio de luxo em Málaga, Lozoya se negou a ser preso no México e declarou ter chegado à Espanha dois dias atrás.

No entanto, a Polícia Nacional informou que ele havia sido localizado na província de Málaga no início deste ano, depois de meses de investigações em colaboração com o Ministério Público mexicano.


O juiz também observou que no momento de sua prisão ele estava dentro de um táxi pertencente a uma empresa privada e tinha uma carteira de motorista mexicana falsificada com identificação que tinha sua fotografia, embora com outro nome.

De acordo com as normas que regem as extradições, o juiz indica que essa medida de prisão será mantida por 45 dias, período que as autoridades mexicanas devem enviar à Espanha o pedido de entrega diplomática ao Ministério das Relações Exteriores ou diretamente para a Justiça.


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Segundo informações da Polícia Nacional, o suposto crime teria sido cometido entre 2012 e 2013 como resultado de uma "rede de corrupção" acusada de receber propina da Odebrecht.

Após a fuga de Lozoya, foi iniciada a colaboração entre o Ministério Público mexicano e a polícia da Espanha, que identificou a movimentação do executivo no país europeu, mas "o alto poder aquisitivo e seus laços internacionais" complicaram sua localização.

Emilio Lozoya, de acordo com o mandado de prisão internacional emitido pelo México, adquiriu um imóvel "com o conhecimento de que os recursos utilizados provêm de uma atividade ilegal" e com o objetivo de ocultar a origem desses fundos, em colaboração com outros dois acusados, a irmã dele Gilda Susana Lozoya e o empresário Alonso Anciara Elizondo, também presos na Espanha em maio do ano passado.

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