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Chanceler alemão pede que China use influência sobre a Rússia para deter a guerra

Olaf Scholz e Xi Jinping se reuniram para discutir a situação na Ucrânia e a relação entre Pequim e países ocidentais

Internacional|Do R7

Chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente da China, Xi Jinping
Chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, e o presidente da China, Xi Jinping

O chefe de Governo da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou nesta sexta-feira (4) que pediu ao presidente da China, Xi Jinping, com quem se reuniu em Pequim, que exerça sua "influência" sobre a Rússia para acabar com a guerra na Ucrânia.

"Eu disse ao presidente (Xi Jinping) que é importante que a China use sua influência na Rússia", disse o chanceler alemão. "A Rússia deve parar imediatamente os ataques que atingem diariamente a população civil e retirar-se da Ucrânia", acrescentou.

O governante alemão também pediu ao presidente russo, Vladimir Putin, que "não recuse" a prorrogação do acordo sobre as exportações de cereais ucranianos, que expira em 19 de novembro.

"Peço ao presidente russo que não recuse a prorrogação do acordo de cereais, que expira em alguns dias. A fome não deve virar outra arma", declarou.


Scholz disse ainda que convidou o presidente Xi a "participar ativamente na luta contra a fome no mundo" e destacou que "China e Alemanha têm uma responsabilidade particular, como credores internacionais", de atuar contra o aumento do endividamento dos países mais pobres.

O chefe de Governo alemão também disse que conversou com Xi sobre outras questões de tensão entre Pequim e os países ocidentais, como Taiwan e o respeito aos direitos humanos.


"Falei hoje sobre nossa crescente preocupação com a estabilidade e a paz na região. A China tem uma responsabilidade especial nesse sentido", afirmou Scholz.

Ao mencionar o respeito aos direitos humanos e às minorias, "era importante deixar claras as nossas convicções", disse o líder alemão, que destacou o caráter "universal" desses direitos.


"Como demonstrou nossa reunião, há diferenças entre nossos dois países", completou.

Armas nucleares

O uso de armas nucleares na guerra na Europa foi outro assunto discutido entre os dois líderes em Pequim.

"A guerra na Ucrânia cria uma situação perigosa para o mundo inteiro (...) e na China todos sabem que uma escalada teria consequências para o mundo inteiro", declarou à imprensa o chanceler alemão.

"Essa é a razão pela qual foi muito importante para mim (...) dizer claramente que uma escalada" da guerra "na forma do uso de uma arma nuclear tática deve ser excluída, e estou feliz que, neste assunto, pelo menos, chegamos a um acordo", completou.

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Na terça-feira, o ex-presidente russo e atual número 2 do Conselho de Segurança, Dmitri Medvedev, citou mais uma vez o uso de armas nucleares.

A vontade ucraniana de recuperar todos os territórios ocupados "ameaça a existência do nosso Estado" e oferece "uma razão direta" para usar "meios de dissuasão nuclear", declarou.

Vladimir Putin também fez alusão à bomba atômica em um discurso televisionado em 21 de setembro.

A Rússia, por sua vez, acusou a Ucrânia de se preparar para usar "bombas sujas" contra suas tropas.

Os Estados Unidos se mostraram, nesta semana, "cada vez mais preocupados" com um possível ataque nuclear da Rússia.

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