Resumindo a Notícia
- O chefe nova-iorquino Joseph Yoon prepara receitas como tempurá de tarântula.
- Yoon comanda o Brooklyn Bugs (Insetos do Brooklyn, em tradução para o português).
- Entidade promove o uso de insetos na culinária.
- Maior demanda por alimentos mudou o olhar de especialistas sobre o consumo de insetos.
Gafanhotos apimentados com vagens, apargos, ovos, alho e cebola, servidos com arroz integral, quinoa e cevada
Joseph Yoon/Edible BugsO chef Joseph Yoon prepara receitas como tempurá de tarântula para mostrar que insetos podem ser deliciosos.
À medida que a população global aumenta e a demanda por alimentos cresce, especialistas e fãs de gastronomia estão olhando para uma fonte inusitada de proteína: os insetos. O problema é olhar demais: pelo menos para a maioria das pessoas, comer um gafanhoto não parece tão apetitoso quanto comer uma picanha.
Uma das figuras que tentam reverter a má imagem dos insetos na alimentação é o chef nova-iorquino Joseph Yoon, responsável pelo Brooklyn Bugs (Insetos do Brooklyn, em tradução para o português), entidade que promove o uso de insetos na culinária. Autodenominado "embaixador dos insetos comestíveis", Yoon faz pratos com apresentações sofisticadas, em que a presença dos insetos é menos chocante.
Yoon, no entanto, vai além da simples promoção gastronômica. Em suas viagens, o chef busca mostrar ao público como os insetos fazem parte da alimentação de diversas culturas e explicar como esses animais podem ajudar a lidar com questões como as mudanças climáticas e sustentabilidade.
O consumo desses pequenos animais, conhecido como entomofagia, vem ganhando espaço na discussão global por uma série de razões. Em comparação com a pecuária tradicional, a criação de insetos se destaca por seu menor impacto ambiental, exigindo menos recursos e gerando menos emissão de gases de efeito estufa.
Em um cenário de preocupações econômicas, éticas e ambientais, os insetos não apenas representam uma solução viável para questões de segurança alimentar e escassez de recursos. Eles também abrem portas para novas oportunidades profissionais e práticas sustentáveis, como a conversão de resíduos orgânicos em proteína de alta qualidade.