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Chega a 21 o número de mortos em atentado com explosivos dentro de mesquita no Afeganistão

Local estava lotado de fiéis no momento da detonação, na capital, Cabul, e mais de 30 pessoas ficaram feridas

Internacional|Do R7

Familiares de vítimas da explosão aguardam em hospital de Cabul
Familiares de vítimas da explosão aguardam em hospital de Cabul

Um atentado com explosivos em uma mesquita lotada de fiéis na capital do Afeganistão, Cabul, matou 21 pessoas e deixou 33 feridas, informou a polícia local.

"Ontem (17) aconteceu uma explosão em uma mesquita, durante a oração da tarde. Vinte e um cidadãos foram martirizados e 33 ficaram feridos", afirmou o porta-voz da polícia de Cabul, Khalid Zadran, em um comunicado.

"Explosivos foram colocados dentro da mesquita", acrescentou o porta-voz.

Nenhum grupo reivindicou o ataque.


"Ele era meu primo (...) Um ano se passou desde seu casamento, ele tinha 27 anos e seu nome era Fardin. Ele era uma boa pessoa", disse um homem que se identificou como Masiullah ao relatar a morte de um parente na explosão.

A ONG italiana Emergency, que administra um hospital em Cabul, informou na quarta-feira (17) que atendeu 27 vítimas da explosão, com três mortos. Entre os pacientes estavam cinco crianças.


"A maioria dos pacientes que recebemos após a explosão na mesquita sofreu ferimentos por estilhaços e queimaduras", afirmou a Emergency em um email.

A mesquita que foi alvo do ataque fica no distrito sunita do noroeste de Cabul e também tem uma escola religiosa. 


Nesta quinta-feira (18), o edifício, com as janelas quebradas, estava protegido por vários talibãs armados, que também patrulhavam as ruas próximas.

Na semana passada, um homem-bomba detonou explosivos dentro de uma escola religiosa de Cabul, ataque que matou o clérigo talibã Rahimullah Haqqani e seu irmão.

O religioso era conhecido em particular por seus discursos inflamados contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI), que reivindicou o ataque.

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Embora os índices de violência tenham registrado queda no Afeganistão desde a tomada do poder pelos talibãs, em agosto do ano passado, o país registra atentados com frequência.

No mês de agosto já foram executados vários ataques mortais. E uma série de atentados com bombas foi registrada no fim de abril, durante o mês sagrado do Ramadã, e no fim de maio, com um balanço de dezenas de mortos.

A maioria dos ataques é reivindicada pelo EI, geralmente direcionada a minorias como os xiitas, os sufis ou os sikhs, mas também aos talibãs. 

O Talibã afirma que derrotou esse grupo extremista, mas analistas dizem que o EI continua sendo um desafio de segurança para o movimento islamita.

Os dois grupos são islamitas sunitas radicais, mas o Talibã e o EI se tornaram grandes rivais, com divergências ideológicas e estratégicas.

O ataque de quarta-feira aconteceu na véspera de uma importante reunião, com mais de 2.000 clérigos religiosos e líderes talibãs na cidade de Kandahar, berço do movimento talibã.

Um porta-voz talibã afirmou em um comunicado que "decisões importantes serão adotadas na conferência". 

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