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Chile e Argentina mostram os sinais de uma esquerda em colapso

Os dois países enfrentam graves problemas e não conseguem a adesão da maioria da população a seu ideário antiliberal

Internacional|Marco Antonio Araujo, do R7

Desemprego, inflação e dívida impagável eclodem na Argentina
Desemprego, inflação e dívida impagável eclodem na Argentina

O Chile e a Argentina estão se constituindo em um monumento ao desastre da esquerda na América Latina. Cada qual ao seu modo, com destaque ao verdadeiro colapso que castiga os argentinos, o ideário econômico antiliberal simplesmente dá sinais de profunda exaustão, exalando uma mistura de mofo e enxofre.

Alberto Fernández nem mesmo esboçou alguma capacidade de retirar seu país do atoleiro em que se meteu. Inflação desenfreada, crescimento histórico do desemprego e com dívidas impagáveis. Diante da iminente derrota retumbante nas eleições gerais marcadas para outubro de 2023, ele desistiu de concorrer.

Já o Chile, acostumado a altas do custo de vida na média anual de 3%, fechou o ano passado com uma inflação ao consumidor de 12,8%, a maior em 30 anos. Mesmo com o país se mantendo como o mais desenvolvido da região, a chegada ao poder de Gabriel Boric pôs a nação sob alerta.

A começar pela explosão da violência no país, com a taxa de ocorrências policiais registradas em 2022, por exemplo, apresentando crescimento de 44% em relação a 2021, o governo acaba de sofrer uma derrota acachapante nas eleições para a Constituinte, realizadas no domingo (7). A coalizão de esquerda do presidente chileno, Gabriel Boric, conseguiu pouco mais de 28% das cadeiras do Conselho que escreverá as novas leis do país.


O povo chileno, de forma incontestável, mostrou sua vocação não apenas conservadora. Foi além. O que saiu das urnas foi não só uma vitória da ultradireita como um todo, mas a consolidação do Partido Republicano, assumidamente de extrema direita.

Boric terá dias muito difíceis pela frente. Fernández tem os seus em contagem regressiva. São esses os novos tempos na América Latina. Tudo indica que não se trata apenas de uma onda, uma marolinha. O que resta saber é qual o tamanho desse tsunâmi que arrasta a esquerda no continente.

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